Prefeita recebe representantes de projeto da cidade premiado pelo Ministério da Saúde

A prefeita Margarida Salomão e a secretária de Saúde, Ana Pimentel, receberam na tarde desta quarta-feira, 15, na sede da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), representantes do  Programa de Saúde Auditiva e do Hospital Dr. Evandro Ribeiro, para parabenizá-los pelo serviço de excelência prestado à população da região via Sistema único de Saúde (SUS), que também que foi reconhecido na última quinta-feira, 9, quando, entre quase cem projetos inscritos, se destacaram e foram um dos cinco a receber o prêmio “Viver Sem Limites” do Ministério da Saúde (MS), que celebra boas práticas e projetos vinculados ao SUS.

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, o vídeo premiado, que documenta a dedicação e os resultados da Rede de Saúde Auditiva na Zona da Mata de Minas Gerais durante a pandemia, foi o escolhido pelo MS pela qualidade do serviço prestado e por sua ampla atuação. O Programa de Saúde Auditiva existe há mais de 16 anos em Juiz de Fora e, atualmente, são atendidos e acompanhados via SUS mais de 23 mil pacientes de 107 municípios, sendo referência para toda região da Zona da Mata Mineira.

A Chefe do Executivo parabenizou o programa e lembrou que o município é referência regional e nacional em saúde. “Juiz de Fora hoje é um polo nacional na área de saúde. Os serviços de saúde da nossa cidade estão num padrão muito elevado e esse prêmio representa isso. E representa também o tamanho e importância do SUS, que disponibiliza serviços de ponta a todos e todas. Parabenizo mais uma vez todos os profissionais da nossa rede, bem como o hospital prestador de serviço, que oferece um atendimento de excelência via SUS”, pontuou Margarida.

A secretária de Saúde, Ana Pimentel, ressaltou a qualidade dos serviços do SUS e celebrou a premiação recebida pela rede local. “Hoje é mais um momento de celebração e de mostrar o quanto o Sistema único de Saúde pode desenvolver iniciativas tão importantes para o cuidado da saúde das pessoas da nossa cidade e região. Aqui em Juiz de Fora, felizmente, temos esta e outras experiências de grande sucesso. A premiação do Ministério da Saúde coroou essa iniciativa, que nós sabemos ser uma experiência de vanguarda, que possibilita o acesso de todas à saúde auditiva.”

Estiveram presentes a Prefeita Margarida Salomão; a Secretaria de Saúde, Ana Pimentel; a Supervisora do Programa de Saúde Auditiva, Rosângela Fernandes Giraldelli; Sydney Castro dos Reis, trabalhador da saúde que por anos participou do projeto; o Diretor Técnico do Hospital Evandro Ribeiro (HER), Evandro Ribeiro de Oliveira; o Diretor Clínico do HER, Evandro Ramos; a Diretora Administrativa do HER, Virgínia Ramos; e os fonoaudiólogo Fernando Cesar Rodrigues de Souza e Roberta Esposito Itz.

O Serviço 

O atendimento é feito através do SUS, tendo o Serviço Órtese e Prótese, situado no PAM Marechal como porta de entrada, local onde é feita a primeira triagem pelos profissionais especializados, e, posteriormente, seguindo critérios técnicos, encaminhamento do paciente para entrada no Programa de Saúde Auditiva, através de agendamentos de consulta no Hospital Evandro Ribeiro, rede credenciada ao SUS para esse atendimento. A partir do momento que estes pacientes entram no Programa de Saúde Auditiva, são acompanhados enquanto tiverem interesse em participar.

A supervisora da Junta Reguladora de Saúde Auditiva e Reabilitação Física da PJF, Rosângela Fernandes Giraldelli, ressalta que o atendimento e a oferta de próteses auditivas e cirurgias são disponibilizados gratuitamente à população via SUS e regulamentados por intermédio de Portarias e Deliberações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado. Há mais de oito anos trabalhando no setor, Rosângela viu a vida de muitas pessoas mudar para melhor com o Programa. “É gratificante fazer parte de um Programa de saúde pública tão bem-sucedido.”

A supervisora explica como é realizado o atendimento destes pacientes e ressalta a importância do trabalho dos profissionais envolvidos. “Há uma primeira avaliação, na qual os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar, formada por médico, fonoaudiólogos, assistente social e psicológico, além de fazerem todos os exames necessários e o molde do aparelho que foi selecionado de acordo com a perda auditiva”, conta.

Como ser atendido 

Para solicitar atendimento pelo serviço, o paciente com perda auditiva deve procurar o médico especialista, no caso o otorrinolaringologista, que irá pedir uma audiometria para confirmação da perda auditiva. Após essa confirmação, e mediante a solicitação médica para o uso de prótese auditiva, o paciente de Juiz de Fora deverá procurar o PAM Marechal no horário das 8h às 12h, portando xerox da Carteira de Identidade, CPF, Cartão do SUS, comprovante de residência em seu nome, audiometria e o pedido médico, para dar andamento ao processo de inscrição e posterior triagem. Importante lembrar que tanto o paciente vindo de atendimento particular, quanto os que foram atendidos por médicos do SUS, estão aptos a procurar por esse atendimento. Os pacientes dos outros municípios pactuados com o Programa, devem procurar a secretaria de saúde do seu município para dar entrada na documentação.

O Prêmio “Viver sem Limite”

A primeira edição do prêmio reconheceu experiências que mostraram resultados positivos, com melhorias do acesso à população e organização do cuidado à saúde da pessoa com deficiência. Os premiados foram selecionados por meio de um edital de Boas Práticas no SUS, lançado em setembro pelo Departamento de Atenção Especializada e Temática (Daet) da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (DAET/SAES) do Ministério, para comemorar os 10 anos do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. O programa foi criado em 17 de novembro de 2011, com o intuito de garantir acesso, inclusão, acessibilidade, saúde e cuidados às pessoas com deficiência, com ações estratégicas para identificação precoce da deficiência, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Foram inscritas 93 iniciativas, em formato de vídeo, que representam os serviços e as equipes que atuam nos estados e municípios, com ênfase nas seguintes temáticas: detecção precoce da deficiência; reabilitação precoce das pessoas com deficiência; qualificação da RCPD; linhas de cuidado e humanização; acesso e regulação; organização da rede durante a pandemia da Covid-19; e reabilitação pós-Covid.

A avaliação levou em consideração critérios como a capacidade para produzir melhorias de acesso, independência, autonomia e inclusão; criatividade e inovação; alinhamento com as políticas de atenção à saúde e capacidade de resposta às crises. Em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foram reconhecidas cinco iniciativas desenvolvidas no país por profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), de equipes que compõem a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD), entre elas se destacando a Rede de Saúde Auditiva na Zona da Mata de Minas Gerais.




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