A primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior Cali 2021 marca oficialmente o início do novo ciclo olímpico para o Time Brasil. Com o objetivo de dar maior experiência internacional a uma geração promissora, o Comitê Olímpico do Brasil leva à Colômbia uma delegação numerosa, composta por 358 atletas, que supera os 317 presentes em Tóquio 2020. Uma oportunidade única para a retomada de suas carreiras, após quase dois anos de pandemia. O evento será de 25 de novembro a 5 de dezembro e o Brasil está inscrito em 38 das 39 modalidades.
“A falta de competições nesta etapa da formação esportiva pode gerar inúmeras implicações. Em Cali, eles terão a chance de se apresentar, buscar espaço internacional e participar de um evento multiesportivo, convivendo com atletas de outros esportes e, em certas modalidades, enfrentando adversários de bom nível técnico”, explica o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara.
A relevância esportiva de Cali 2021 pode ser justificada ainda pela distribuição de vagas, sobretudo em provas individuais, para os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023. Dentre as 38 modalidades que o Brasil está inscrito, somente três não são classificatórias: esgrima, handebol e nado artístico.
A delegação brasileira na competição Sub-23 conta com 12 atletas que estiveram nos Jogos de Tóquio: Pâmela Rosa, do skate; Kawan Pereira, dos saltos ornamentais; Ana Vieira, Beatriz Dizotti, Breno Correia, Matheus Gonche e Stephanie Balduccini, da natação; e Chayenne da Silva, Ketiley Batista, Lucas Vilar, Matheus Correa e Tiffani Marinho, do atletismo.
Nomes de peso também estão presentes fora dos campos de jogo. Renan Dal Zotto (vôlei masculino), Marcos Goto (ginástica artística masculina) e Marco Vasconcelos (badminton) são três dos grandes treinadores do país na atualidade.
“A equipe que está em Cali é qualificada, permitindo que busquemos bons resultados e o maior número possível de vagas para o Pan de Santiago. Isso sem falar que alguns nomes que se destacarem certamente estarão em Paris 2024”, diz o vice-presidente do COB e Chefe de Missão em Cali, Marco La Porta.
Protocolos sanitários
Para viajar à Colômbia, os integrantes da delegação brasileira precisaram cumprir uma série de protocolos médicos, como realizar uma bateria de exames clínicos. Todos fizeram dois testes PCRs, a cinco e a dois dias do voo internacional, e um antígeno, na véspera do embarque. No país-sede dos Jogos, eles passarão ainda por novos exames contra Covid-19 a cada quatro dias.
A entrada no país só foi permitida com o certificado internacional de vacinação contra febre amarela. Em relação à Covid-19, a obrigatoriedade era que maiores de 18 anos já estivessem imunizados com as duas doses e menores de idade, uma.
Ainda assim, o deslocamento da delegação brasileira se limita ao trajeto hotel-instalação oficial-hotel, sendo proibida a circulação nas ruas ou demais estabelecimentos, casos de shoppings, lojas e farmácias. O uso de máscaras N95 também é obrigatório, inclusive em academias, sem falar na adoção das já tradicionais medidas preventivas, como higienização das mãos e distanciamento social.
Fonte: Comitê Olímpico do Brasil