O brasileiro Hugo Calderano igualou, no início da madrugada desta sexta-feira (26.11), a melhor campanha do país em mundiais de tênis de mesa. Jogando no George R. Brown Convention Center, em Houston, nos Estados Unidos, o número 4 do ranking mundial bateu o belga Cedric Nuytinck (75°), por 4 sets a 3 (11/6, 11/8, 6/11, 8/11, 11/7, 7/11 e 11/5), pela fase de 32 do torneio individual masculino.
A etapa seguinte é a barreira onde ele e outros dois mesa-tenistas brilhantes pararam em anos anteriores. Após bater o chinês campeão mundial Ruo Guotan, em Pequim, no ano de 1961, Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, caiu nas oitavas daquele ano. Claudio Kano, em 1987, na cidade de Nova Déli, também encerrou ali a participação. E o próprio Calderano, em Budapeste, no torneio de 2019, parou diante do chinês Ma Long, que se sagraria tricampeão mundial na sequência.
Desta vez, as chances de ir além são maiores. Calderano é o cabeça de chave número 3 do evento e vai encarar o esloveno Darko Jorgic, número 23 do mundo. Um adversário conhecido, já que se enfrentaram algumas vezes quando o brasileiro atuava na Bundesliga, a liga alemã. Já os dois confrontos internacionais entre eles aconteceram neste ano, com uma vitória para cada lado. O último duelo foi na final do WTT Star Contender do Catar, e o carioca levou a melhor.
O horário do duelo desta sexta-feira ainda não foi divulgado pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Caso passe, o brasileiro certamente terá uma pedreira pela frente nas quartas de final: o chinês Liang Jingkun ou o inglês Liam Pitchford.
Partida dura
O jogo contra o gigante canhoto Cedric Nuytinck era cercada de expectativa. Além de jamais ter vencido o europeu, Calderano sofreu uma amarga derrota na última vez em que se encontraram, no Platinum do Catar, quando foi eliminado na estreia. O panorama mudou de lá para cá, mas o belga continuou sendo um desafio.
O primeiro set até começou equilibrado, mas a partir do empate em 5 a 5, Calderano começou a dificultar a recepção do belga e abriu vantagem, fechando em 11 x 6. Na segunda parcial, Nuytinck começou melhor e abriu 4 a 0. O brasileiro foi buscar, conseguiu a virada e conseguiu impor seu jogo nos momentos finais do set.
O belga dominou boa parte do terceiro set. Chegou a ter 8 a 3 no placar, mas Calderano esboçou a reação, o que fez com que o técnico de Nuytinck pedisse tempo, que se refletiu imediatamente na mesa, com três pontos consecutivos que encerraram a parcial. As coisas continuaram complicadas no quarto set, quando o europeu abriu 5 a 1. O brasileiro ainda melhorou o saque e contra-ataque, mas não foi o suficiente para evitar o empate no jogo.
Calderano voltou a dominar as ações na sequência. Eficiente no saque e recepção, não deu oportunidades ao adversário no quinto set. Mas sofreu novo revés na sexta parcial, com Nuytinck dominando a mesa. No tie-break, Calderano encontrou a fórmula para dominar a recepção no saque do adversário. Fez todos os pontos no serviço do belga e fechou o jogo em 11 x 5.
Fonte: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa