O encerramento do “II Seminário do Serviço de Cuidados Paliativos do Hospital Alberto Cavalcanti (HAC)”, nesta terça-feira (26/10), marca o fim dos eventos em razão do Dia Internacional dos Cuidados Paliativos, comemorado sempre no segundo sábado de outubro. Com o tema “Vínculo Terapêutico: repercussões”, o programa, voltado principalmente aos profissionais de saúde, busca sensibilizar os trabalhadores e reforçar a importância dos cuidados paliativos. O hospital, integra o Complexo de Especialidades administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), segue investindo na área e disponibiliza cuidados paliativos aos pacientes.
“Queremos conscientizar profissionais de saúde, acadêmicos, residentes e o público em geral em relação aos benefícios da humanização nos cuidados paliativos, e incentivar que essa abordagem seja iniciada logo após o diagnóstico do paciente, preparando ele e a sua família sobre as possíveis limitações e sobre as alterações de atividades diárias, como se alimentar, se vestir, tomar banho. O auxílio pode abranger, inclusive, questões sociais e jurídicas. A partir da observação do cotidiano do paciente e de seus familiares, elaboramos um plano de cuidado direcionado, respeitando os aspectos biológicos, psicossociais e espirituais de cada um”, explica a enfermeira responsável pelo Serviço de Cuidados Paliativos do hospital, Liliane Santos Silva.
Segundo ela, muitas vezes, esses pacientes têm suas funcionalidades afetadas, então o vínculo terapêutico criado entre a equipe de cuidados paliativos, o paciente e a família colabora para a elaboração do plano de cuidados, que inclui as ‘diretivas antecipadas de vontade’, ajudando na aceitação e na adaptação à nova realidade, modificada pela doença.
“Nosso objetivo é que a vontade do paciente seja respeitada e que ele passe por esse processo de forma planejada. Além disso, auxiliamos a família no luto, que geralmente começa antes mesmo do falecimento do ente querido. É um serviço completo”, ressalta a enfermeira.
Serviço
A equipe de cuidados paliativos conta com enfermeiros, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Além disso, o serviço ainda oferece treinamento sobre hipodermóclise (administração de drogas e fluidos por via subcutânea) para estudantes de medicina e do curso técnico de enfermagem, além das equipes da Urgência e Emergência e de Internação da unidade.
Seminário
O seminário sobre cuidados paliativos abordou temas relacionados a práticas integrativas, humanização, terapia e planejamento. A saúde do trabalhador foi outro tema debatido. “Lidamos, diariamente, com situações bem delicadas, acompanhando de perto o sofrimento de muitas pessoas. Para oferecermos um bom atendimento e trabalharmos em um ambiente adequado, também precisamos que a equipe, que também possui suas características humanas, seja cuidada e receba suporte psicológico”, explica Liliane.
Fonte: Agência Minas