O amor que Deus pede que tenhamos uns pelos outros possui um amplo espectro. Como Cristo nos ensina, ele é devotado aos amigos: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (João 15.13 versão NVI), mas alcança também os inimigos: “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5.44 versão NVI).

Como qualquer recipiente, o coração para ser cheio de uma coisa deve ser esvaziado de outra. Para ser cheio de amor, deve ser esvaziado do ódio, raiva, mágoa, intolerância:

“Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1João 4.20 versão NVI).

Porque amar a esposa/marido, o filho/filha, o amigo/amiga é fácil, o desafio que nos aperfeiçoa diante de Deus é amar a quem nos persegue, aquela pessoa que nos insulta, quem lança falso testemunho, que inveja ou que nos odeia… Mateus capítulo 5, versículos 46 e 47 nos alerta:

“Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! (Versão NVI).

Cristo sempre nos exorta a sermos o melhor, ele quer que sejamos imitadores do Pai: “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”. (Mateus 5.48 versão NVI).

Alguém então retruca dizendo: “falar é fácil, difícil é suportar quem me faz mal”. Verdade, mas ninguém disse que é fácil, se assim fosse, não haveria razão de designar o amor como um mandamento. Porém, se não amamos uma determinada pessoa pelas suas próprias ações, amemos então por gratidão ao Pai: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1João 4.19 versão NVI).

Mesmo porque, ao fim e ao cabo, ninguém pode se rogar justo e impecável ao ponto de poder julgar as outras pessoas. A verdade maior é que somos iguais, seja como pecadores, seja como devedores do perdão. Como nos ensina o apóstolo Paulo: não há ninguém que seja suficientemente justo, nenhum ser humano (Romanos 3.10), não existe aquele que possa gloriar-se diante de Deus (1Coríntios 1.19).

Portanto, tenhamos a mesma misericórdia que nos foi ofertada e ame, não por mérito, mas por gratidão:

“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1João 4.10 versão NVI).




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