A manhã de Andrew Parsons nesta terça-feira (24), em Tóquio, foi atarefada. O brasileiro, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), se dividiu entre 15 entrevistas individuais com diferentes veículos de imprensa no MPC (Main Press Centre, o centro de mídia dos Jogos de Tóquio). Um dos veículos foi a TV Brasil, com a qual Parsons conversou por cerca de 20 minutos.
Ele falou sobre os impactos das reclassificações de atletas da natação no resultado da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos. Os dois principais medalhistas paralímpicos da história do país, Daniel Dias (com 24 pódios) e André Brasil (14), foram afetados pela revisão de classes iniciada no ciclo de Tóquio. André Brasil, que era atleta da S10, a classe com menor grau de comprometimento motor, foi considerado inelegível e, após recorrer da decisão, sequer está com a delegação brasileira no Japão. Já Daniel Dias viu diversos atletas da S6, uma categoria acima da sua (S5), serem “rebaixados” e, ao registrarem melhores marcas do que as do recordista de medalhas do Brasil, representarem grande ameaça ao reinado dele.