No último torneio antes de Tóquio, duplas olímpicas fazem dobradinha em Gstaad

O último torneio de vôlei de praia antes dos Jogos Olímpicos terminou com dobradinha brasileira no alto do pódio da competição feminina. A final da etapa de Gstaad do Circuito Mundial de vôlei de praia 2021, na Suíça, teve um duelo entre as duplas que representarão o Brasil em Tóquio, e Ágatha e Duda (PR/SE) conquistaram o ouro com uma vitória por 23/21 e 21/18 sobre Ana Patricia e Rebecca (MG/CE), que ficaram com a prata neste domingo (11.07).

O título na Suíça foi o sétimo de Ágatha/Duda no Circuito Mundial. Jogando juntas, elas têm ainda cinco medalhas de prata e oito de bronze. Para Duda, que ganhou o nono ouro no circuito, a proximidade com os Jogos Olímpicos torna a conquista ainda mais especial.

“Eu estou empolgada. É o primeiro ouro aqui para mim e para Ágatha. E a atmosfera está bonita, a cidade de Gstaad é linda. Para nós, é uma emoção estar aqui. O ouro para nós é especial, porque é o último torneio antes de Tóquio”, afirmou Duda.

Para Ágatha, a medalha também significa o fim de um jejum em Gstaad. A primeira vez que ela disputou a etapa foi em 2005, ao lado de Sandra Pires, terminando na 17ª posição, e ela nunca tinha conseguido subir ao pódio. “A primeira vez que vim aqui foi em 2005, 16 anos atrás. E eu nunca ganhei esse sino (troféu dado aos medalhistas em Gstaad). Nunca desista, nunca. No primeiro dia que joguei com a Duda aqui em 2017, nosso jogo foi tão ruim, foi tão ruim o torneio para a gente, e quando terminou eu chorei muito. E a Duda escreveu para mim: ‘Parceira, um dia a gente vai ganhar esse sino. Espera, espera’”, disse Ágatha.

O vôlei de praia é uma das 18 modalidades com presença de brasileiros em Tóquio em que 100% dos convocados são integrantes do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro. No caso do vôlei de praia, os oito atletas (quatro no feminino e quatro no masculino) pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo. Ao todo, o Brasil tem 312 vagas em Tóquio, em 33 modalidades, e cerca de 80% dos atletas são contemplados pelo Bolsa Atleta.

Medalhistas de bronze em Gstaad em 2019, Ana Patricia e Rebecca voltaram a subir ao pódio na etapa Suíça e conquistaram a 10ª medalha da dupla no Circuito Mundial (elas têm três ouros, três pratas e quatro bronzes no total). Para Rebecca, a conquista foi também uma oportunidade de homenagear a avó, que faleceu essa semana.

“A gente sai daqui feliz. Nossa caminhada foi muito dura. Passamos momentos difíceis, mas conseguimos ter calma, conversar e acertar os ponteiros para chegar bem até aqui. Foi um jogão essa final. Claro que a gente queria ganhar. Tivemos alguns erros, principalmente no primeiro set, que precisamos rever. Mas quero exaltar a nossa evolução. Patrícia foi gigante. Nossa comissão ajudou muito. E está aí o resultado do nosso trabalho. É nosso segundo pódio aqui em três etapas. Vamos levar tudo que vivemos aqui para Tóquio e esperamos continuar nessa crescente”, contou Rebecca.

Antes da decisão verde e amarela, Ágatha e Duda haviam vencido Pavan/Melissa (CAN) na semfinal, por 2 sets a 0 (21/13 e 21/18), e Ana Patricia e Rebecca derrotaram Kravcenoka/Graudina (LET) por 24/22, 18/21 e 15/6.

Fonte: Confederação Brasileira de Vôlei




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