A conscientização ambiental e a geração de renda são objetivos do Projeto Cras Recicla/Troca Sustentável promovido pelo CRAS Leste Vitorino Braga. O projeto envolve a ação de todos os profissionais do equipamento da Secretaria de Assistência Social (SAS), famílias assistidas e a comunidade de abrangência do território do CRAS. As parcerias com o Horto Municipal e com o Projeto Ser Luz possibilitam a doação de mudas de plantas e vestuário, respectivamente, para o funcionamento do projeto.
Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, ao considerar o cenário do bairro com diversos galpões de reciclagem e o de famílias envolvidas na venda de recicláveis (garrafas plásticas e latinhas), o CRAS Leste Vitorino Braga investe na coleta seletiva como proposta de sustentabilidade e de geração de renda de famílias em vulnerabilidade, principalmente, em tempos de crise econômica agravada pela Pandemia do Covid-19. Após perceber a potencialidade da ação, a equipe ampliou a proposta e envolveu as famílias e a comunidade na concepção de “troca sustentável”, onde garrafas plásticas e/ou latas de alumínio são trocadas por mudas de plantas ou por roupas do varal solidário do CRAS.
O trabalho de divulgação no próprio equipamento, por comunicação de WhatsApp institucional e através de contato com comerciantes no Vitorino Braga atraiu cerca de 40 famílias. Destas, 34 levaram material reciclável e receberam mudas em troca e seis famílias receberam do CRAS os recicláveis para venda. O projeto está em conformidade com as medidas de segurança necessárias para evitar a propagação do Covid-19, sem aglomerar as famílias e reforçando as orientações de precaução.
Segundo a supervisora Daniela dos Prazeres de Assis, coordenadora do CRAS Leste Vitorino Braga, o projeto promove não apenas a geração de renda, mas também o sentimento de solidariedade, a participação social e a educação ambiental e sustentável. “O protagonismo e a emancipação das famílias e a vinculação destas com o equipamento possibilitam atuarmos junto à comunidade na construção de soluções para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais”, ressalta Assis.
A psicóloga Luciana Krempser acrescenta que, a partir da proposta inicial de troca de recicláveis por plantas ou roupas, outras possibilidades de trocas sustentáveis também foram sugeridas pelas próprias famílias como uma pessoa que trouxe roupas e levou mudas, outra que ofereceu cuidar das plantas do CRAS em troca de peças de roupas e a jovem que trocou mudas por roupas. “Acredito que o CRAS cumpre, dentre outras, a função de Referência, Modelo e Exemplo para as famílias e a comunidade do território atendido”, conclui Krempser.