Brasil vai ao pódio quatro vezes no último dia do GP de Warwick de judô paralímpico

A Seleção de judô paralímpico encerrou em grande estilo a participação no IBSA Grand Prix de Warwick, na Inglaterra. Neste domingo (20.06), o país foi quatro vezes ao pódio em função das conquistas de Alana Maldonado (até 70kg) e Meg Emmerich (+70kg), que ficaram com a prata, e de Rebeca Silva (+70kg) e Wilians Araújo (+100kg), que faturaram o bronze. Levando em conta o ouro de Lúcia Araújo (até 57 kg) no sábado, o país sai do evento com cinco pódios.

Os cinco atletas são integrantes da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Voltada para os que se colocam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades, a categoria Pódio prevê repasses mensais que variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para os atletas, como auxílio para que foquem estritamente em sua preparação esportiva para representar o país.

A Seleção Brasileira finalizou a turnê europeia, que durou mais de um mês e havia passado pelo Azerbaijão anteriormente, com dez medalhas na bagagem. O foco a partir de agora serão as fases de treinamento restantes até a disputa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em agosto.

“Foram duas competições importantes depois de mais de um ano sem lutar. Na primeira, em Baku, cheguei à final e conquistei o ouro. Aqui na Inglaterra fico com a prata. Agora é focar, ajustar e chegar a Tóquio para ser campeã”, disse Alana, derrotada na final do GP britânico pela mexicana Lenia Ruvalcaba Alvarez. Antes, ela havia passado por três oponentes: a uruguaia Mariana Mederos, a croata Lucija Breskovic e Ina Kaldani, da Geórgia.

“Senti que ainda tenho algumas coisinhas a melhorar. Eu me sinto preparada para Tóquio, mas há detalhes a corrigir”, analisou Meg, que perdeu para a italiana Carolina Costa, a mesma oponente da decisão em Baku, quando a brasileira levou a melhor.

Os caminhos de Meg nos dois Grand Prix foram os mesmos: vitórias nas estreias sobre a americana Katie Davis e, nas semifinais, diante da conterrânea Rebeca Silva. Beca, por sinal, repetiu o feito do Azerbaijão e conseguiu o bronze depois de bater a ucraniana Anastasiia Harnyk. “Sinto que meu ciclo foi bom”, falou a atleta de 20 anos, “caçula” da Seleção.

Wilians ressaltou o tom de volta por cima em função da perda do pai no ano passado, de lesões sérias e do longo período sem competições. “Só sei o que passei para estar aqui, a minha família, minha esposa. A perda do meu pai foi um ippon que a vida me deu. Essa medalha é para ele. Foi um ciclo conturbado, com duas cirurgias. Só pude participar de quatro competições das sete que valiam pontos para Tóquio. E saio daqui classificado. Para mim, é uma vitória grande”, disse Wilians, bastante emocionado após o bronze conquistado graças a um ippon sobre o atleta da casa Jack Hodgson, já no golden score.

Outros brasileiros

Os demais brasileiros acabaram fora da briga por pódio neste domingo. Ainda buscando a melhor forma após longa recuperação contra a Covid-19, o multicampeão Antônio Tenório estreou perdendo para Kanan Abdullakhanli, do Azerbaijão, na categoria até 100 kg. Na repescagem, derrotou o holandês Daniel Knegt, mas parou no confronto seguinte, para o uzbeque Sharif Khalilov.

Entre os pesos até 90 kg, Arthur Silva venceu na estreia Lasha Kizilashvili, da Geórgia, mas perdeu em seguida para o atleta da casa Elliot Stewart. Na repescagem, derrota para o uzbeque Shukhrat Boboev, o mesmo que o havia batido em Baku.

Na categoria até 81 kg, Harlley Arruda ganhou do uzbeque Abylay Adilbekov em seu primeiro combate, mas não passou pelo sul-coreano Jung Min Lee, terceiro melhor do mundo, no outro desafio. Na repescagem, o tropeço foi para o cubano Gerardo Reyes.

Fonte: Confederação Brasileira de Deficientes Visuais (CBDV)

 




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