Quinze nadadores fazem índice para Tóquio no segundo dia da seletiva paralímpica

Dez nadadores bateram o índice dos Jogos Paralímpicos de Tóquio no segundo dia da Seletiva da natação paralímpica, na quinta-feira, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Agora, eles aguardam o fim da seletiva, no sábado, para confirmarem as vagas. Na quarta, outros quatro atletas já tinham conquistado o índice.

Quatro dos índices obtidos nesta quinta se tornaram novos recordes das Américas. Nos 50m costas masculino, o paulista José Ronaldo da Silva, classe S1, nadou 1min26s33, a melhor marca do continente americano, que era até então de 1min38s18. Nesta prova, o tempo estabelecido como critério era de 1min40s41.

Ainda pelos 50m costas masculino, obtiveram índices os atletas Gabriel Feiten, também da classe S1, com o tempo de 1min31s75, e Gabriel Geraldo, classe S2, que marcou 56s93. Nesta última classe, o índice a ser batido era de 1min03s61.

O catarinense Talisson Glock (classe S6) foi outro a conseguir superar o recorde das Américas em sua prova do dia. O atleta, que já havia batido o índice nos 100m livre da sua classe nesta quarta, nadou os 400m livres em 5min05s84, abaixo da antiga marca de 5min07s11. De quebra, superou o índice paralímpico da prova (5min20s29).

O terceiro recorde das Américas quebrado no dia ocorreu na prova dos 100m borboleta masculino. O carioca Douglas Matera, classe S13, completou a disputa em 58s60, tempo menor que o antigo recorde continental de 59s53. Com isso, o atleta com deficiência visual também atingiu o índice da prova na sua classe (59s10). Ainda nos 100m borboleta, o jovem paulista Gabriel Bandeira, da classe S14, cravou 57s41 e foi outro atleta a bater o índice no dia – o tempo pré-estabelecido era de 58s59.

Nos 100m borboleta, o paulista Gabriel Bandeira (S14) estabeleceu o novo recorde das Américas da classe com 54s64. O brasileiro já era o detentor da marca continental desde o Campeonato Europeu em Madeira no mês de maio, com 54s99. Agora, ficou a 18 centésimos do recorde mundial [54s46].

Nos 50m feminino, a paulista Maiara Barreto, da classe S3, nadou em 1min00s22 e bateu os 1min05s55 determinados, enquanto a mineira Laila Abate, S6, nadou os 400m livres feminino cinco segundos mais rápido do que a marca necessária – 5min33s20 ante 5min38s30.

Já nos 50m borboleta masculino, o paulista Gabriel Melone, da classe S6, completou a prova exatamente no tempo do índice de 33s51, enquanto seu conterrâneo Samuel Oliveira nadou a mesma prova pela classe S5 em 36s90 e bateu os 37s24 colocados como critério para classificação.

Sessão da tarde

Outros cinco atletas alcançaram o índice para Tóquio nas provas disputadas na sessão da tarde. O primeiro foi o paraibano Ronystony Cordeiro, classe S4, nos 50m costas. Com 47s52, ele ficou mais próximo dos Jogos da capital japonesa.

Nos 400m livre, o carioca Caio Amorim (S8) concluiu a prova em 4min39s44, quase dois segundos abaixo do índice. Caio tem má-formação congênita nos membros inferiores e começou a nadar aos cinco anos por recomendação médica. Na mesma prova, o catarinense Matheus Rheine (S11) também nadou abaixo do índice. Com 4min49s89, ele foi quase quatro segundos mais rápido que o exigido pelo critério técnico [4min53s82].

Já nos 50m borboleta, a potiguar Joana Neves (S5) alcançou o índice para os Jogos ao finalizar a prova em 46s68. A marca estabelecida pelo CPB era de 47s21. Joana tem acondroplasia (nanismo) e compete desde os 13 anos. No Mundial de Londres 2019, conquistou a prata nesta prova. Na última prova do dia, os 100m borboleta masculino, o paulista Gabriel Cristiano (S8) atingiu o índice exigido [1min05s47] ao finalizar a distância em 1min05s21.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro




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