Duplas masculinas traçam estratégias distintas para a reta final rumo a Tóquio

A dois meses do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, as duplas que representarão o Brasil no torneio masculino de vôlei de praia estão com foco total na preparação. Mas, em um ciclo olímpico diferente em função da pandemia da COVID-19, cada uma seguirá um caminho próprio até a disputa na arena montada no parque Shiokaze, na capital japonesa.

No último sábado (22.05), Alison e Álvaro Filho embarcaram para a Rússia, onde jogarão pelo Circuito Mundial em Sochi, entre 26 e 30 de maio. Na sequência, Ostrava, na República Tcheca, recebe mais uma etapa da competição internacional, de 2 a 6 de junho.

“Estamos treinando forte, mantendo a rotina de preparação, seguindo os protocolos de segurança. Este foi um ciclo bem diferente para mim em vários sentidos: pandemia, adiamento dos Jogos, um novo parceiro, uma corrida olímpica complicada, tive COVID, minha filha nasceu… Estamos crescendo, evoluindo como dupla, a sequência de etapas no México fez com que nosso time subisse mais um degrau. Estamos nos dedicando ao máximo”, afirmou o campeão olímpico Alison.

Se disputar os Jogos Olímpicos não fosse motivação suficiente, a dupla vive outro momento especial fora de quadra. Álvaro foi pai de Dom em outubro de 2020, e Catarina, filha de Alison, nasceu em fevereiro deste ano. “Tanto eu quanto o Álvaro fomos pais, eu da Catarina, ele do Dom, e isso trouxe emoção, alegria e responsabilidade ainda maior para a gente. Somos pais agora e ganhamos torcedores especiais nesse período tão difícil, que trouxeram sentidos diferentes para as nossas vidas e carreiras”, destacou Alison.

A outra dupla olímpica brasileira não participará das etapas de Sochi e Ostrava. Com Bruno Schmidt buscando melhorar a forma física após se recuperar da internação por COVID-19 em fevereiro, ele e Evandro vão intensificar os treinamentos no Brasil, com direito a dois períodos de treinos no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), de 24 a 28 de maio e 7 a 11 de junho.

“A intenção de ter ido para Cancún era justamente averiguar minha situação atlética. E a gente diagnosticou problemas que estamos atacando diretamente. Obviamente, pela minha situação de ter ficado bem debilitado em função da COVID, isso prejudicou minha parte física. Então estamos tentando contornar esse problema. Acho que competir sem uma parte física adequada não é vantajoso. Pode até ser perigoso eu me lesionar e ficar fora dos Jogos. Como temos os Jogos Olímpicos, o objetivo realmente agora é lá”, explicou Bruno.

Até os Jogos Olímpicos, ainda há a previsão da etapa do Circuito Mundial em Gstaad, na Suíça, de 6 a 11 de julho, além da nona etapa do Circuito Brasileiro e do SuperPraia, que ainda terão as datas e locais divulgados pela Confederação Brasileira de Vôlei. Os quatro atletas são integrantes da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Fonte: Confederação Brasileira de Vôlei




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