Sem competir há dois anos, Brasil disputa a Copa do Mundo de Canoagem Velocidade

O Brasil participará com 10 atletas na 1ª Etapa da Copa do Mundo de Canoagem Velocidade e Paracanoagem, entre os dias 13 e 16 de maio, em Szeged, na Hungria. A equipe brasileira chegou à Europa no domingo (09.05). A Canoagem Velocidade olímpica contará com quatro atletas: Isaquias Queiroz, Erlon de Souza, Jacky Godmann e Filipe Santana Vieira. Os quatro são integrantes da Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual direto do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Medalhistas olímpicos e em mundiais, Isaquias e Erlon integram a categoria Pódio, a principal do programa. Jacky e Filipe são da categoria Internacional.

Para a área técnica da equipe olímpica será um ciclo de preparação e uma rodada de treinamentos. O objetivo é a avaliação dos atletas em relação aos concorrentes internacionais. Haverá também uma mudança de estratégia: a dupla da canoa que disputará a prova do C2 Masculino 1.000 metros será formada por Isaquias Queiroz e Jacky Godmann. Erlon de Souza, parceiro habitual e medalhista olímpico ao lado de Isaquias, está em recuperação de lesão no quadril e será poupado da disputa em duplas. Só vai competir no C1 Masculino, nas distâncias 1.000m e 500m.

“Já faz dois anos que a equipe não compete em virtude da pandemia. É importante dar aos atletas a sensação da competição novamente e fazer uma avaliação de como eles estão em relação aos principais adversários. O foco é Tóquio. Estamos na Copa do Mundo não para medalhas, mas para usar o torneio como laboratório”, disse. “Tivemos esse contratempo com a recuperação do quadril do Erlon. Por isso, ele será poupado e disputará só a canoa individual para não forçar e evitar desgaste competitivo”, explica Lauro.

Isaquias retorna a Szeged dois anos depois com o favoritismo de campeão mundial na prova do C1 1.000m metros e bronze no C2 1.000m, ao lado de Erlon, em 2019. Ele está na expectativa de manter a liderança na prova individual e empenhado no novo teste ao lado de Jacky Goldmann. Essa será a primeira vez que a dupla disputará uma prova internacional.

“A última vez que competi internacionalmente foi em Szeged também. No último ano a gente continuou a preparação forte. Como não teve provas, não conseguimos avaliar o desempenho dos outros atletas, por isso agora vai ser bom porque todo mundo estará junto na água”, disse. “Vai ser bom também competir com o Jacky. Ele é meu parceiro no Flamengo, a gente ganhou o último Brasileiro, em 2019, na mesma canoa. Ele é bom atleta, treina com a gente há anos e vai ser uma ótima experiência”.

O baiano Jacky Godmann tem 22 anos, está na Equipe Nacional Permanente em Lagoa Santa/MG há três anos e representou o Brasil em competições internacionais. No Sul-americano de 2019, conquistou cinco ouros nas provas individuais do C1 Masculino 200, 500 e 1.000 metros, e nas disputas do C2 nas distâncias de 200 e 1.000 metros, ao lado de Filipe Vinicius Santana Vieira.

“Dividir barco com o Isaquias é muito bom, isso quer dizer que você está remando bem, no caminho certo. Ele é um cara que te passa informação no barco de como você tem que remar. Estou gostando disso e espero trazer um bom resultado para o Brasil”, comenta Jacky.

O Brasil tem duas cotas olímpicas na categoria “canoa”, conquistadas no Mundial de Szeged em 2019. Na semana passada, a Federação Internacional de Canoagem redistribuiu cotas continentais e o Brasil conquistou vaga no K1 Masculino 1.000m. A definição dos atletas que representarão o Brasil em Tóquio depende da avaliação do Plano de Trabalho 2021 da Canoagem Velocidade. Ainda é necessária a definição oficial do Comitê de Canoagem Velocidade para dizer oficialmente quem serão os representantes. O prazo máximo é junho. As provas da Canoagem Velocidade em Tóquio serão entre 2 e 7 de agosto.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil




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