Seleções brasileiras de goalball conhecem rivais nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

A pouco mais de 100 dias da abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a organização do evento sorteou nesta segunda-feira, 10.05, os grupos das disputas de goalball. O Brasil, que vai disputar tanto a categoria masculina quanto a feminina graças aos resultados obtidos no Mundial de 2018, terá pela frente já na fase inicial da competição duelos contra potências da modalidade.

Na chave masculina, os brasileiros, atuais bicampeões mundiais, terão pela frente a Lituânia, medalhista de ouro na Rio 2016, os Estados Unidos, que foram prata na última edição dos Jogos, o anfitrião Japão além da campeã africana, a Argélia. No outro grupo, estão Alemanha (campeã europeia e vice mundial), Bélgica, China (campeã asiática), Turquia e Ucrânia.

“Os grupos ficaram equilibrados. Já vamos ter ótimos confrontos nos jogos iniciais. É bom que esses confrontos duros na fase de grupos nos preparam para os playoffs”, avalia o ala Leomon Moreno, integrante da categoria Paralímpica do Bolsa Atleta. O programa do Governo Federal Brasileiro garante o patrocínio individual a atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas e é executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

Na chave feminina, o Brasil, que busca sua primeira medalha paralímpica, enfrentará a Turquia, ouro na Rio 2016 e vice-campeã mundial, os Estados Unidos, bronze no Rio, Japão e Egito, que foi convidado para o lugar da Argélia após as campeãs africanas abrirem mão da vaga. No outro grupo ficaram Rússia (atual campeã mundial, que disputará o evento sem usar o nome do país devido a uma sanção por doping), China (prata em 2016), Israel, Austrália e Canadá.

“Estava bem ansiosa para saber em qual grupo cairíamos. Independentemente disso, será bem disputado. O goalball está nivelado entre as seleções. Das dez equipes, cinco têm condições de brigar pelo ouro. Isso só impulsiona a gente para treinarmos mais agora que sabemos contra quem vamos jogar”, analisa a ala Carol Duarte.

“Temos como cabeças de chave duas potências, que são Rússia e Turquia. E o grupo do Brasil tem ainda os Estados Unidos, que fizeram uma final eletrizante contra nós no último Parapan”, explica Altemir Trapp, analista de desempenho da seleção masculina, citando a decisão vencida pelas brasileiras em Lima 2019. “O que podemos tirar como análise de cada categoria é que os grupos ficaram equilibrados. Dá para prever grandes confrontos já nesse início”, conclui.

Sistema de disputa

O torneio de goalball em Tóquio será disputado dentro das próprias chaves, todos contra todos em turno único. Os quatro melhores de cada grupo avançam aos playoffs, totalizando oito classificados para as quartas de final. A partir daí, os cruzamentos são feitos da seguinte maneira: o primeiro colocado de um grupo enfrenta o quarto colocado do outro, e o segundo de um grupo encara o terceiro do outro. Os ganhadores passam às semifinais, quando se define quem lutará por ouro ou bronze na competição.

Até hoje, o Brasil soma duas medalhas paralímpicas, ambas conquistadas pela equipe masculina: prata em Londres 2012 e bronze na Rio 2016.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro / Confederação Brasileira de Desporto de deficientes Visuais (CBDV)




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