Os cinco são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Bia, Maria Suelen, David Moura e Baby pertencem à categoria Pódio, a principal do programa. Ketleyn está na Internacional. O judô é o esporte individual que mais deu medalhas olímpicas para o Brasil. São 22 no total: quatro ouros, três pratas e 15 bronzes.
Com os cinco pódios, o Brasil terminou na nona posição do Grand Slam da Rússia. Os donos da casa foram os melhores no quadro de medalhas, com quatro ouros, seis pratas e cinco bronzes, seguidos pelo Japão, com três ouros e um bronze.
Esse foi o último Grand Slam do ciclo olímpico e a penúltima competição da seleção antes dos Jogos Olímpicos. Em junho, os principais atletas do Brasil disputarão o Mundial, no período de 6 a 13, em Budapeste, na Hungria. Após essa competição a CBJ anunciará a equipe que representará o judô no Japão, em julho.
Consistência dos pesados
As disputas mais acirradas pelas vagas olímpicas no judô têm como protagonistas os atletas das categorias mais pesadas. Nesta sexta, eles garantiram duas dobradinhas para o Brasil em Kazan. Rafael Silva (+100kg) venceu as três lutas preliminares e só caiu na final com o russo Tamerlan Bashaev, nas punições.
“Essa foi a terceira final de um ciclo de competições. Estou em busca de melhora a cada passo, a cada competição e o objetivo final é estar nas Olimpíadas. Primeiro me classificar e depois tentar mais uma medalha olímpica”, analisou Rafael Silva, que foi prata no Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, e ouro no Pan-Americano, em Guadalajara, neste ano.
Depois de vencer as duas primeiras lutas e cair na semi também para Bashaev, Moura recuperou-se na disputa pelo bronze e derrubou Anton Krivobokov, da Rússia, para assegurar o bronze. “Acho que tive um bom desempenho hoje, lutei com atletas duros, peguei três russos na chave. Foi um ótimo treino para o Mundial, onde meu objetivo será subir no lugar mais alto do pódio e conquistar a vaga olímpica”, disse David Moura, que foi finalista do mundial em 2017, e ficou com a prata na decisão contra o francês Teddy Riner.
No feminino, Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza tiveram resultados idênticos. Suelen venceu Daria Valdimirova (Rússia) e Sônia Asselah (Argélia) nas preliminares, caiu para Maryna Slutskaya (Bielorússia), na semifinal, e venceu Melissa Mojica (Porto Rico) na disputa pelo bronze.
“O desempenho do Brasil, em geral, está sendo muito bom, sempre subindo ao pódio. É um passo de cada vez e a próxima competição é o Mundial e tenho certeza de que toda a equipe estará preparada”, comentou Maria Suelen após conquistar seu terceiro bronze consecutivo na temporada 2021.
Na mesma categoria, Bia passou por Sandra Jablonskyte (Lituânia) e por Anastasiia Kholodilina (Rússia) até ser imobilizada pela francesa Romane Dicko, que ficou com o ouro. Na luta pelo bronze, a brasileira derrotou Sonia Asselah por ippon.
“Em todas as lutas eu dei mais que meu 100% e estou feliz. Os próximos passos serão os detalhes, ajustar tudo e treinar ainda mais para o Mundial que, logo, logo estará aí”, disse Beatriz, dona de quatro medalhas em 2021 (prata em Tashkent, bronze em Tbilisi, ouro no Pan e bronze em Kazan).
Outras categorias
O meio-pesado Leonardo Gonçalves (100kg) também teve um bom dia de competição, vencendo suas duas lutas iniciais, contra Tevita Takayawa (Ilhas Fiji) e Kahyan Takagi (Austrália). Em seguida, caiu para Arman Adamian e Niiaz Bilalov, ambos russos, e terminou em sétimo lugar. Rafael Macedo (90kg) também lutou nesta sexta e ficou na primeira luta diante do sérvio Aleksandar Kukolj.
Após a competição, a seleção permanecerá na Rússia para um treinamento de campo restrito a países convidados, entre eles o Japão.
Fonte: Rededoesporte / Confederação Brasileira de Judô