A meio-médio Ketleyn Quadros (63kg) abriu o quadro de medalhas para o Brasil no Grand Slam de Kazan, na Rússia, nesta quinta-feira, 06.05, ao conquistar a prata na final contra a polonesa Agatha Ozdoba-Blach. Nas preliminares, Ketleyn venceu três lutas por ippon, superando Mokhee Cho (Coreia do Sul), Cristina Cabana Perez (Espanha) e Andreja Leski (Eslovênia). A atleta é integrante da categoria Internacinal do programa Bolsa Atleta, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Na decisão pelo ouro, a brasileira chegou a projetar a adversária no tempo regulamentar, mas a revisão de vídeo não marcou o waza-ari para Ketleyn. No tempo extra, em situação parecida, a polonesa projetou Ketleyn e a arbitragem validou o ponto que rendeu o título à Blach.
Essa é a segunda final consecutiva de Ketleyn Quadros no Circuito Mundial. Em abril, ela conquistou seu primeiro ouro em Campeonato Pan-Americano, em Guadalajara. Aos 33 anos, a medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, vive um de seus melhores momentos na carreira desde o pódio olímpico e se aproxima cada vez mais de sua segunda participação, em Tóquio 2020.
“Essa segunda medalha consecutiva no Circuito me deixa feliz. É sinal de que o trabalho está no caminho certo. O resultado vem para te dar uma resposta. E eu fico muito feliz de estar crescendo, me sentir evoluindo na reta final, apesar de todos os obstáculos. É continuar trabalhando, porque ainda tem muito pela frente, principalmente nos Jogos. Eu quero estar lá com condição de medalha”, projeta a judoca que, com os 700 pontos conquistados nesta quinta, deve melhorar sua 13ª posição no ranking mundial e se aproximar da zona de cabeças-de-chave nos Jogos.
Portela em quinto
Além dela, outra brasileira chegou ao bloco final de disputas no segundo dia do Grand Slam de Kazan. Motivada pelo ouro no Grand Slam de Tbilisi, na Geórgia, Maria Portela chegou à Rússia como uma das principais judocas na chave do peso médio e passou muito bem pelas preliminares e avançou à semifinal. Primeiro, bateu Anka Pogacnik, da Eslovênia, nas oitavas, e superou a holandesa Hilde Jager, nas quartas. Na penúltima luta, parou na alemã Giovanna Scoccimarro e foi para a disputa de bronze, onde caiu no último segundo para a sueca Anna Bernholm.
“Sou grata a Deus e a todos que estão ao meu redor me auxiliando na minha preparação. Estou feliz de chegar, mais uma vez, ao bloco final. Infelizmente não saio com medalha, mas sei que o trabalho e a evolução estão sendo feitas no momento certo. Estou positiva. Sei de alguns erros que cometi hoje, mas vai dar certo”, concluiu a judoca gaúcha, integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. Ela busca a terceira participação olímpica.
Outros três judocas brasileiros lutaram nesta quinta. Eduardo Yudy Santos (81kg) venceu Antonio Esposito, da Itália, e parou no bielorrusso Yunus Bekmurzaev, nas oitavas. Eduardo Katsuhiro (73kg) caiu para Alexandru Raicu, da Romênia, e Aléxia Castilhos (63kg) perdeu para a campeã Ozdoba-Black-Blach, na primeira rodada.
Pesados fecham participação brasileira
No último dia em Kazan, o judô brasileiro será representado por sete atletas na Tatneft Arena: Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Silva (+100kg), David Moura (+100kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg).
As preliminares começarão às 5h (de Brasília) e as disputas por medalhas serão a partir das 11h. O portal live.ijf.org transmite todas as lutas ao vivo.
O Grand Slam de Kazan é a penúltima etapa para o Brasil na corrida olímpica. A próxima competição será o Campeonato Mundial, em Budapeste, no período de 06 a 13 de junho.
Fonte: Confederação Brasileira de Judô