O Brasil encerrou a Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, realizada no Japão, com uma campanha histórica. A seleção brasileira obteve quatro vagas para os Jogos Olímpicos e duas finais, algo que nunca havia ocorrido na trajetória da modalidade no país.
O último grande feito foi de Ingrid Oliveira. A carioca terminou a disputa da plataforma em décimo lugar, atingindo uma final inédita para saltadoras de plataforma do Brasil e referendando a vaga olímpica. Na última segunda-feira, Kawan Pereira, também na plataforma, disputou outra final inédita para os Saltos Ornamentais.
Estou muito feliz por esse resultado inédito. Não sabia que o Brasil nunca tinha ido a uma final de Copa do Mundo, então é motivo de orgulho. Foi bom para saber como é estar em uma final, como será nos Jogos Olímpicos, como devo me portar na prova. Estava tranquila e relaxada para competir e isso foi muito bom”, disse Ingrid.
Ao todo, quatro brasileiros garantiram o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio: Luana Lira, no trampolim de 3 metros, Ingrid Oliveira, Kawan Pereira e Isaac Souza, na plataforma, foram os destaques. Giovanna Pedroso, que terminou a disputa da plataforma em 20º lugar, ainda tem chances de ir aos Jogos Olímpicos. A definição será em junho a partir de comunicado da FINA.
“Voltamos para casa com quatro vagas e duas finais na Copa do Mundo. Sinal de que o trabalho está no caminho certo. Agora é seguir firme rumo aos Jogos Olímpicos”, disse Ricardo Moreira, diretor de Saltos Ornamentais da CBDA e chefe de equipe em Tóquio.
Bolsa Atleta onipresente
Os quatro qualificados para Tóquio nos saltos ornamentais são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. O investimento direto do Governo Federal no quarteto soma R$ 370 mil no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020 via Bolsa Atleta. Na modalidade saltos ornamentais, o aporte no período é de R$ 1,93 milhão.
Até agora, a delegação brasileira para as Olimpíadas conta com 213 vagas conquistadas, em 24 modalidades. Desse universo de 213, são 68 os nomes confirmados (os demais dependem de convocações ou confirmações das confederações). Desse grupo de 68, 64 (94%) fazem parte do Bolsa Atleta. São 41 da categoria Pódio, 11 da Olímpica, 9 da Internacional e 3 da Nacional. O investimento federal via Bolsa Atleta nas 24 modalidades é de R$ 166 milhões.
Além disso, a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério da Cidadania investiu desde 2019 mais de R$ 7,64 milhões no Instituto Pro Brasil, localizado na Universidade de Brasília (UnB), onde funciona um Centro de Excelência de Saltos Ornamentais, e na Confederação Brasileira da modalidade, repassados via dois Termos de Fomento e um Termo de Execução Descentralizada – TED.
Paralelamente, a confederação desenvolve o projeto Um Salto na Educação, que pretende massificar a modalidade no país. Estima-se que existam entre 450 e 500 praticantes no Brasil e a meta é triplicar esse número. Para isso, foi assinado em dezembro de 2020, junto à Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS), o Termo de Execução Descentralizada nº 26, no valor de R$ 4,44 milhões.
Fonte: Rededoesporte / CBDA