IGP-M sobe 2,94% em março de 2020

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 2,94% em março de 2021, aponta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Com este resultado o índice acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Em março de 2020, o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses.

“Todos os índices componentes do IGP-M registraram aceleração. No índice ao produtor, os aumentos recentes dos preços das matérias-primas continuam a influenciar a aceleração de bens intermediários (4,67% para 6,33%) e de bens finais (1,25% para 2,50%). Além disso, os aumentos dos combustíveis também contribuíram para o avanço da inflação ao produtor e ao consumidor. Na construção civil, os materiais para a construção seguem em aceleração impulsionados pela alta dos preços dos insumos básicos”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,56% em março, ante 3,28% em fevereiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 2,50% em março. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,25%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,86% para 0,72%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,28% em março, ante 0,75% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,67% em fevereiro para 6,33% em março. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,77% para 18,33%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 4,65% em março, contra 4,38% em fevereiro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 2,11% em março, após subir 3,72% em fevereiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: bovinos (9,86% para 1,40%), soja em grão (5,41% para 1,93%) e milho em grão (6,14% para 2,66%). Em sentido oposto, destacam-se os itens suínos (-8,32% para 4,94%), aves (-0,05% para 4,14%) e laranja (-5,29% para -2,18%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,98% em março, ante 0,35% em fevereiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (1,45% para 3,97%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 4,42% em fevereiro para 11,33% em março.

Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (-0,29% para 0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,41%) e Vestuário (-0,33% para 0,18%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (-3,03% para 0,31%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,42% para 0,61%) e acessórios do vestuário (-1,78% para 1,34%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,78% para 0,02%), Alimentação (0,18% para 0,10%), Comunicação (0,00% para -0,10%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,21%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: cursos formais (2,41% para 0,00%), hortaliças e legumes (-1,77% para -3,70%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,15% para -0,13%) e serviço religioso e funerário (0,44% para 0,08%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,00% em março, ante 1,07% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (2,39% para 4,44%), Serviços (1,05% para 0,69%) e Mão de Obra (0,03% para 0,28%).

Fonte: FGV




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