No último fim de semana, o Brasil ampliou a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na esgrima, Nathalie Moellhausen confirmou vaga ao terminar a Copa do Mundo de Espada, em Kazan, na Rússia, em nono lugar. Já no tiro esportivo, Felipe Wu, prata nos Jogos Rio 2016, também carimbou o passaporte ao fechar, com um quarto lugar, a participação na competição de pistola de ar de 10 metros na Copa do Mundo da Federação Internacional de Esportes de Tiro (ISSF, sigla em inglês), realizada em Nova Déli, na Índia.
Com isso, o Brasil tem agora 197 vagas garantidas em Tóquio, em 23 modalidades. Do total, 41 pertencem a atletas que conquistaram um posto nominal no Japão, enquanto as demais são do país e dependem de convocação. Entre esses 41 nomes assegurados, 37 (mais de 90%) são de integrantes do Programa Bolsa Atleta do Ministério da Cidadania: 30 da categoria Pódio, a mais alta do programa, quatro da categoria Olímpica e três da Internacional.
O investimento no grupo de bolsistas já qualificados é de R$ 15,2 milhões desde 2017. Somando as 23 modalidades em que o Brasil tem vaga no Japão, os recursos investidos pelo Governo Federal neste ciclo chegam a R$ 164,4 milhões. Entre elas, as que mais receberam recursos do Bolsa Atleta nesse período foram atletismo, natação, handebol, taekwondo e vôlei.
Além de Nathalie e Felipe Wu, ambos contemplados pelo programa, nas categorias Pódio e Olímpica, respectivamente, outro brasileiro a assegurar a vaga em Tóquio nas últimas semanas Lucas Verthein, do remo. Beneficiado com a Bolsa Atleta na categoria Internacional, o atleta venceu a disputa do Single Skiff durante a Regata Continental de Qualificação Olímpica, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.
No atual ciclo olímpico, o investimento federal na esgrima foi de mais de R$ 6,6 milhões, enquanto no remo somou R$ 4,3 milhões. Já no tiro esportivo, os recursos ultrapassaram os R$ 3,5 milhões.
Ainda em março, a seleção masculina de handebol confirmou a classificação durante o Pré-Olímpico da modalidade, realizado em Montenegro, com uma vitória de virada sobre o Chile por 26 x 24. Com isso, é a sexta vez na história dos Jogos Olímpicos que o Brasil terá uma equipe masculina representando o país na modalidade. O melhor resultado até agora foi a sétima posição no Rio 2016.
O handebol brasileiro conta, desde 2010, com o apoio do Programa Bolsa Atleta. Até 2019, foram distribuídas 2.880 bolsas, no masculino e no feminino, em um investimento de quase R$ 40,7 milhões.
Além das vagas olímpicas, o último fim de semana trouxe ainda importantes conquistas para bolsistas brasileiros. Fernando Reis, do levantamento de peso, herdou a medalha de bronze do Campeonato Mundial de 2018, e tornou-se o primeiro brasileiro a subir ao pódio da competição. A confirmação pela Federação Internacional da modalidade veio após a desqualificação do uzbeque Djangabaev Rustam.
Aos 31 anos, o integrante da categoria Pódio é dono de três medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos (Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019) e uma das grandes esperanças de pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Brasil jamais ganhou uma medalha na modalidade em Olimpíadas.
Já no domingo, a dupla Ágatha/Duda consagrou-se campeã da temporada 2020/21 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia (CBVP). O título veio após vitória sobre Bárbara Seixas/Carol Solberg por 2 sets a 0 (21/17 e 21/17) na decisão da oitava etapa Open, no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ).
Com a conquista, as integrantes da categoria Pódio coroaram uma temporada quase perfeita, com oito finais e seis ouros, o quinto consecutivo. Ágatha e Duda também já têm vaga garantida em Tóquio.
Fonte: Ministério da Cidadania