Em busca de vaga em Tóquio, seleção masculina de handebol disputa o Pré-Olímpico em Montenegro

Neste sábado (06.03), a seleção brasileira masculina de handebol embarca para Montenegro, onde terá um compromisso fundamental na briga por vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nos dias 12, 13 e 14, o elenco formado pelo técnico Marcus Tatá enfrentará as equipes da Noruega, do Chile e da Coreia do Sul no Pré-Olímpico da modalidade. Os dois primeiros garantem um lugar no Japão.

“O Brasil vai entrar em quadra para buscar a todo custo a classificação”, afirmou o treinador, em entrevista à Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). “A Noruega é uma seleção de qualidade, do primeiro escalão do handebol mundial. A Coreia e o Chile são equipes consistentes e que precisamos ter cuidado durante todo o jogo. Temos condições de classificação, mas só conseguiremos se formos aplicados durante todo o tempo”, acrescentou.

No segundo grupo, jogam entre si Tunísia, Portugal, França e Croácia. No terceiro, a disputa será entre Alemanha, Suécia, Eslovênia e Argélia. Além das seis vagas em disputa nos três quadrangulares, outras seis seleções já estão garantidas nos Jogos Olímpicos: Japão, Dinamarca, Argentina, Egito, Bahrein e Espanha.

“Eles estão bem preparados. Alguns atletas jogam em altíssimo nível, e acredito que, se jogarem bem, podem sair com a vaga olímpica. Duas partidas serão ‘chave’: contra o Chile, que acaba sendo uma revanche do que aconteceu em Lima 2019, e contra a Coreia”, disse o secretário nacional de Alto Rendimento (SNEAR) do Ministério da Cidadania, Bruno Souza.

Ex-integrante da seleção masculina de handebol, Bruno esteve nas edições olímpicas de Atenas 2004 e Pequim 2008, além dos mundiais de 1997, 1999, 2001 e 2003, ano em que foi eleito o terceiro melhor jogador do mundo na modalidade. O secretário coleciona ainda os ouros nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 e Santo Domingo 2013, além da prata em Winnipeg 1999. “Espero que esses meninos tenham a chance de escrever na sua história pessoal também um capítulo olímpico”, torceu.

O handebol brasileiro conta, desde 2010, com o apoio do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. Até 2019, foram distribuídas 2.880 bolsas, no masculino e no feminino, em um investimento de quase R$ 40,7 milhões. “É uma modalidade que tem muitos adeptos, em todas as categorias, da Estudantil até a Olímpica. É uma das mais praticadas nas escolas do Brasil e muitos atletas participam do programa”, destaca o secretário da SNEAR. “A Secretaria tem um histórico de apoio à Confederação Brasileira de Handebol há anos, e a nova gestão se demonstrou proativa em escrever um novo capítulo da história do handebol”, completou.

Retrospecto

Estreante em Jogos Olímpicos em Barcelona 1992, a seleção masculina de handebol alcançou o seu melhor resultado dentro de casa, com a sétima colocação nos Jogos Rio 2016. Três anos depois, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, a equipe teve a chance de garantir uma vaga direta para Tóquio, mas tropeçou no Chile nas semifinais. Naquela ocasião, apenas a Argentina, campeã do torneio continental, carimbou o passaporte com antecedência.

Garantida no Pré-Olímpico graças a uma combinação de resultados, a seleção verde e amarela terá, agora, a chance de se vingar dos chilenos. Nono colocado na Alemanha, em 2019, o Brasil terminou o Mundial deste ano, realizado em janeiro, no Egito, com a 18ª colocação.

Formato da disputa olímpica

Com 12 times no torneio masculino e 12 no feminino, o handebol em Tóquio será realizado entre os dias 24 de julho e 8 de agosto, no Yoyogi National Stadium. A arena, que também receberá o badminton e o rúgbi em cadeira de rodas, tem capacidade para 10.200 pessoas e foi construída para receber as disputas aquáticas e de basquete nos Jogos Olímpicos de 1964.

Os jogos são realizados em uma quadra de 40m x 20m e os gols medem 3m x 2m. Cada partida tem dois tempos de 30 minutos. A disputa olímpica do handebol tem início com a fase de grupos, sendo que as quatro melhores equipes de cada grupo avançam para as quartas de final. Nessa etapa, tem início o mata-mata, com todos os times se enfrentando. Se as equipes dessa fase empatarem após o tempo regular, a partida pode ter até duas prorrogações, com dois tempos de cinco minutos cada. Se mesmo assim não ocorrer o desempate, a decisão vai para os “pênaltis”, com a realização de tiros de sete metros.

No Rio 2016, Dinamarca, França e Alemanha conquistaram o ouro, a prata e o bronze, respectivamente. No feminino, o título ficou com a Rússia, seguida pela França e pela Noruega. O Pré-Olímpico feminino também está agendado para este mês, entre os dias 19 e 21. A seleção brasileira, contudo, não disputa o torneio por já ter vaga garantida em Tóquio como campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima.

Fonte: Rede do Esporte




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