Os dados publicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, apontam que Juiz de Fora fechou 4.393 postos de trabalho em 2020.
Quanto ao último ano, o município obteve 42.688 contratações e 47.601 demissões. Ao todo, foram fechados 4.393 postos de trabalho de carteira assinada. Dentre os setores analisados, o de serviços foi o que apresentou maior saldo negativo, com 2.192.
No geral, o único que obteve resultado positivo foi o de construção com saldo positivo de 78 postos de trabalho. Os outros setores também tiveram saldo negativo: agropecuária (-21), comércio (-1.808) e Indústria (-450).
Levantamento de mês a mês
Ainda conforme os dados do Caged, o município contabilizou saldo negativo no mês de janeiro de -420. Em fevereiro foram criados 308 postos de trabalho. Já em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou pandemia do novo Coronavírus. Por conta disso, Juiz de Fora teve de adotar medidas restritivas nas atividades econômicas, o que acarretou no fechamento de diversos estabelecimentos do comércio e de outras atividades.
No mês que teve início da pandemia, Juiz de Fora perdeu 1.119 postos, enquanto que em abril o saldo negativo foi de -3.410, o maior valor do ano. Em maio houve perda de 1.875 vagas formais e 226 em junho.
A partir de julho, os setores econômicos e serviços considerados como não essenciais e que são de baixo risco de contaminação, como previsto no programa ‘Minas Consciente’, retomaram suas atividades na cidade. No período citado, Juiz de Fora voltou a ter saldo positivo, com a criação de 96 vagas de emprego.
Em agosto foram criados dois empregos formais e em setembro foi contabilizado um dos melhores desempenhos no ano, com 484 novos postos de trabalho. Em outubro o saldo novamente foi positivo, com 484 e novembro obteve a melhor marca, com 1.041. Já no mês de dezembro, foram contabilizadas 190 novas vagas.
Situação no Brasil e em Minas Gerais
Ainda conforme o Caged, o Brasil encerrou 2020 com a criação de 142.690 postos de trabalho. Os dados indicam que apenas o setor de serviços obteve saldo negativo com -132.584. A construção e a indústria lideram o ranking de contratações, com a criação de 112.174 e 95.588 empregos. Já no mês de dezembro, o comércio foi a única atividade com saldo positivo, com mais 62.599 empregos.
Já o estado de Minas Gerais fechou o último ano com saldo de 32.717 postos formais de trabalho, resultado da admissão de 1.598.742 e do desligamento de 1.566.025 de trabalhadores. Mesmo diante do cenário da pandemia da Covid-19, o estado ficou em 4º lugar no ranking dos maiores saldos de geração de postos de trabalho, atrás apenas de Santa Catarina (53.050), Paraná (52.670 e Pará (32.789). O bom desempenho no saldo de empregos em Minas Gerais foi puxado pelos setores da construção civil (25.248), indústria (12.763) e agropecuária (2.693).