Em comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira (21), a FIFA contestou a criação de Superliga Europeia, que virou assunto pela imprensa internacional. A entidade máxima do futebol, bem como as seis confederações: AFC (Ásia), CAF (África), UEFA (Europa), Conmebol (América do Sul), CONCACAF (América do Norte) e OFC (Oceania), concordaram do torneio não ser reconhecido pela própria FIFA, ou federação.
No comunicado, a entidade frisa que “Qualquer clube ou jogador envolvido em tal competição não poderia, em consequência, participar de qualquer competição organizada pela FIFA ou sua respectiva confederação”. Ou seja, o atleta pode ficar de fora da Copa do Mundo.
Além disso, a entidade diz que nos estatutos feitos por ela e pelas confederações, “todas as competições devem ser organizadas ou reconhecidas pelo órgão competente em seu respectivo nível, pela FIFA em nível global e pelas confederações a nível continental. Nesse sentido, as confederações reconhecem o Mundial de Clubes da FIFA, em seu formato atual e novo, como a única competição mundial de clubes, enquanto a FIFA reconhece as competições de clubes organizadas pelas confederações como as únicas competições continentais de clubes”.
O documento foi assinado pelo presidente da entidade Gianni Infantino, Shaikh Salman bin Ebrahim Al Khalifa (AFC), Constant Omari (CAF), Vittorio Montagliani (CONCACAF), Alejandro Domínguez (Conmebol), Lambert Maltock (OFC) e Aleksander Čeferin (UEFA).
Criação da Superliga
A ideia de criar a Superliga Europeia, tem como proposta reunir os principais clubes no continente, usando o mesmo modelo adotado aos da Euroliga de basquete e da NBA, nos Estados Unidos.
Os clubes participantes seriam Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Arsenal, Liverpool, Paris Saint-Germain, Juventus, Milan e Bayern de Munique. Além disso, incluiria também times convidados, como Atlético de Madrid, Olympique de Marselha, Inter de Milão, Roma e Borussia Dortmund.
O formato do torneio não foi definido, mas a princípio contaria de 16 a 18 equipes participantes e seria disputado com jogos de ida e volta, com mata-mata em sede única para a definição do campeão. Na prática, iria afetar o calendário da Liga dos Campeões e da Liga Europa.