A Corte Arbitral do Esporte (CAS), anunciou nesta quinta-feira (17), que a Rússia está fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio (adiados para 2021), por conta de um escândalo de doping. Foi decidido também que o país foi excluído dos Jogos de Inverno Pequim 2022 e também da Copa do Mundo Catar 2022.
No entanto, a Corte determinou que tanto os atletas, quanto os times russos, poderão competir sem seus uniformes e bandeiras. Caso seja confirmado que não estão envolvidos em escândalos de doping, estarão autorizados a participarem dos torneios, mas sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Conforme a sentença do Tribunal, as autoridades da Rússia participaram de um esquema de adulteração do banco de dados do laboratório de testes de Moscou, antes de serem encaminhados à Agência Mundial Antidoping (WADA em inglês) no ano de 2019. Naquela ocasião, foram constatadas diversas evidências que levantaram suspeitas sobre violações de doping de longa data.
Apesar da decisão tomada pela Corte, a Rússia obteve duas “vitórias” no julgamento: a primeira foi a redução do banimento de quatro anos, sugerida pela Agência Mundial Antidoping, para dois anos conforme decidido pela CAS. O segundo ponto “positivo” é referente ao nome da equipe que seria utilizado nas competições. O nome “Rússia” pode ser mantido, desde que as palavras “Atleta Neutro” ou “Equipe Neutra” tiverem o mesmo destaque.
Banimento nos Jogos do Rio em 2016 e Pyeongchang em 2018
Antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, o COI chegou a excluir a Rússia da competição. Entretanto, passou a decisão de suspensão para as federações nacionais. Naquela ocasião, diversos atletas russos competiram sem usar a bandeira de seu país.
Já nos Jogos de Inverno em Pyeongchang na Coréia do Sul em 2018, a Rússia não participou de nenhuma modalidade com os atletas, sem a bandeira, conquistando 17 medalhas.