O Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou o programa para os Jogos de Paris 2024 com algumas novidades. A principal delas é a igualdade de gênero na distribuição das vagas nas competições, com 50% de participação feminina e outros 50% masculina pela primeira vez na história. Além disso, haverá novas disputas com provas mistas, que passam de 18 para 22 em comparação a Tóquio 2021. No total, serão 329 eventos em 38 modalidades, com a inclusão da canoagem extremo e do breakdance, que estreia no calendário olímpico.
“As pessoas que não têm total conhecimento do que é a dança terão acesso a mais informações sobre o estilo e os movimentos. A visibilidade vai agregar em muitas coisas no futuro. O Brasil tem muita chance de medalhas, mas vai depender de como será formado o comitê e o sistema de disputas”, comemorou Pelezinho, um dos principais nomes brasileiros do breakdance, em comunicado à imprensa.
Ao divulgar o programa, o COI ressaltou a adequação dos Jogos de 2024 a um “mundo pós-covid”, com a redução do número de atletas, que passa de 11.092 em Tóquio para 10.500 em Paris, e de eventos, que no próximo ano será de 339 e na França de 329. Foram mantidos esportes adicionais de 2021, como surfe, skate e escalada, além da inclusão do já citado breakdance. Quem deixa o calendário é o softbool. O foco é na atração do público jovem, como destacou o presidente do COI.
“Com esse programa, estamos tornando os Jogos Olímpicos de Paris 2024 adequados para o mundo pós-coronavírus. Estamos reduzindo ainda mais o custo e a complexidade de hospedar os Jogos. Embora alcancemos a igualdade de gênero já nos próximos Jogos, veremos pela primeira vez na história olímpica a participação exata do mesmo número de atletas femininas e masculinos. Também há um grande foco na juventude”, explicou o presidente do COI, Thomas Bach.
Em Tóquio, a participação feminina será de 48,8%. Em Paris, além de 50% para cada gênero, o atletismo, o boxe e o ciclismo alcançarão a plena igualdade pela primeira vez, o que significa que 28 dos 32 esportes no programa de 2024 serão totalmente equilibrados neste quesito.
O diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Rogério Sampaio, considera positivo o esforço do COI para adequar o programa olímpico às reformas propostas pela Agenda 2020. “A confirmação do skate, surfe, escalada e a entrada do breakdance reforça a aproximação com o público jovem. Assim, uma parcela ainda maior da juventude mundial passa a ter mais contato com os Jogos Olímpicos e, em consequência, com os Valores Olímpicos. Da mesma forma, consideramos muito justa a equiparação dos números entre atletas homens e mulheres”, destacou.
O Conselho Executivo do COI recebeu das Federações Internacionais um total de 41 eventos adicionais, mas decidiu por não aumentar o número em qualquer um dos 28 esportes no programa inicial. Pelo contrário, como haverá redução no número de atletas, o Comitê trabalhou para diminuir de forma proporcional as competições dos 28 esportes, com foco naqueles que podem absorver melhor a medida, mantendo a universalidade dos Jogos. O levantamento de peso, que teve quatro eventos retirados do programa, foi a modalidade com o maior corte, em seguida veio o boxe.
Além disso, o COI afirma que o conceito de esporte urbano foi expandido, “apresentando eventos focados na juventude que são inclusivos, envolventes e podem ser praticados fora das arenas convencionais”.
Veja a lista de eventos que foram incluídos no programa:
– 1 novo evento misto de atletismo para substituir a marcha atlética masculina de 50km;
– 1 nova classe de peso feminino no boxe para substituir 1 classe de peso masculino;
– 2 eventos de canoagem slalom extremo que vão substituir 2 eventos de canoagem de velocidade;
– 3 novos eventos mistos na vela (incluindo kitesurfe misto e 470 misto – barco de duas pessoas), para substituir 1 masculino e 1 feminino 470 – eventos para duas pessoas e o Finn masculino – bote de uma pessoa;
-1 novo evento de equipe mista skeet no tiro para substituir o evento de equipe mista de armadilha.
Fonte: Rede do Esporte