Mick Schumacher é anunciado pela Haas; jovem alemão é o sexto filho de campeão a correr na categoria

Como vinha sendo especulado pela imprensa internacional pelas últimas semanas, o alemão Mick Schumacher, 21 anos, filho do ex-heptacampeão Michael Schumacher, foi anunciado nesta quarta-feira (2) como piloto titular da Haas, para a temporada 2021 da F1. Diante disso, ele se torna o sexto filho de campeão mundial a correr pela categoria.

Ele faz parte da Academia de Pilotos da Ferrari e como a mesma fornece motores para o time americano, a escolha pelo alemão acabou ganhando mais forças. Diante disso, formará dupla com o russo Nikita Mazepin, anunciado na terça-feira (1).

Atualmente, Schumacher lidera o campeonato da F2, categoria de acesso à F1, com 14 pontos de vantagem sobre Calum Illot e resta somente uma prova para o fim da temporada. Seu retrospecto no ano conta com duas vitórias e dez pódios.

O chefe de equipe Guenther Steiner, diz estar satisfeito por fechar vínculo com Schumacher e comenta sobre a atual campanha do jovem piloto na F2:

“Estou muito satisfeito por podermos confirmar Mick Schumacher em nossa formação de pilotos para a próxima temporada e estou ansioso para recebê-lo na equipe. O Campeonato de F2 serviu por muito tempo como um campo de provas para o piloto mostrar suas credenciais e o campo deste ano tem sido, sem dúvida, um dos mais competitivos nas últimas temporadas. Mick venceu corridas, colecionou pódios e se destacou contra alguns talentos excepcionais em 2020”.

Schumacher fala sobre sua expectativa de participar em seu primeiro campeonato mundial e faz agradecimentos à sua família:

“A perspectiva de estar no grid da F1 no próximo ano me deixa incrivelmente feliz e estou simplesmente sem palavras. Gostaria de agradecer à Haas, à Scuderia Ferrari e à Academia de Pilotos da Ferrari por confiarem em mim. Também quero reconhecer e estender meu amor aos meus pais – sei que devo tudo a eles”.

Laços de família

Como citado anteriormente, Mick Schumacher se torna o sexto filho de campeão da categoria. Além disso, muitas famílias já tiveram parentes com passagem pela F1. Confira abaixo:

Ayrton Senna/Bruno Senna:

Tricampeão em 1988, 1990 e 1991, Ayrton Senna venceu 41 provas na carreira e obteve 65 pole positions. Teve passagens pela Toleman, Lotus, McLaren e Williams, sua última equipe antes de morrer em 1994.

Em 2010, seu sobrinho Bruno, entrou para a categoria pela fraca Hispania. No ano seguinte, disputou a última metade do campeonato pela Lotus e teve bom rendimento. Em 2012 se transferiu para a Williams, mesmo marcando pontos, não teve seu contrato renovado e perdeu a vaga para Valtteri Bottas.

Nelson Piquet/Nelsinho Piquet:

Piquet pai foi tricampeão da categoria em 1981 e 83 pela extinta Brabham e em 87 pela Williams. Se aposentou da categoria em 1991 pela Benetton. Ao todo foram 23 vitórias na carreira.

Seu filho, Nelsinho, estreou na F1 em 2008 pela Renault, mas sua passagem foi bastante precoce. O fato mais marcante de sua carreira foi o famoso caso “Singapuragate”, no qual bateu de propósito por ordens do então chefe de equipe e empresário Flavio Briatore.

Emerson Fittipaldi/Wilson Fittipaldi Jr./Christian Fittipaldi/Pietro Fittipaldi:

A família Fittipaldi foi a que mais teve parentes disputando a F1. Emerson foi bicampeão em 72 pela Lotus e em 74 pela McLaren. Wilsinho disputou 35 GPs nos anos 70 e Christian Fittipaldi participou de 40 corridas entre 1992 e 1994.

Recentemente, Pietro Fittipaldi foi anunciado como substituto do francês Romain Grosjean na próxima etapa do calendário. 

Michael Schumacher/Ralf Schumacher/Mick Schumacher:

A família Schumacher também tem seu nome marcado na categoria. A começar por Michael, sete vezes campeão do mundo, entre 1991 e 2006. Posteriormente retornou da aposentadoria em 2010 pela Mercedes e se despediu definitivamente em 2012.

Seu irmão Ralf entrou pra F1 em 1997 pela Jordan, equipe na qual foi piloto titular até 1998. De 1999 a 2004, correu pela Williams e de 2005 a 2007, andou pela Toyota.

Agora é a vez de Mick Schumacher de representar a família, após ser anunciado pela Haas.

Graham Hill/Damon Hill:

Graham venceu as temporadas de 1962 e 1968. Foi durante muitos anos o maior vencedor do GP de Mônaco com 5 vitórias. Tal marca foi batida por Ayrton Senna em 93. 

Em 1996, Damon Hill tornou-se o primeiro filho de campeão a vencer o campeonato mundial, com a poderosa Williams. O triunfo veio 21 anos após a morte do pai.

Gilles Villeneuve/Jacques Villeneuve:

Ao chegar na categoria, Gilles Villeneuve era um dos melhores pilotos no grid daquela época. Mesmo não ter sido campeão, era muito mais conceituado do que seu filho Jacques, vencedor da temporada 1997. Gilles morreu aos 32 anos em um acidente no GP da Bélgica de 1982.

Jack Brabham/David Brabham/Gary Brabham:

Jack foi tricampeão da categoria em 1959, 60 e 61. Seu filho David correu pela categoria entre 1990 e 1994, mas não repetiu o mesmo sucesso do pai e sequer marcou ponto. Seu irmão Gary tentou participar de uma prova na categoria, mas não obteve sucesso nas duas oportunidades em treinos qualificatórios.

Keke Rosberg/Nico Rosberg:

Nascido na Finlândia, Keke Rosberg é considerado um dos pilotos mais emblemáticos da F1 e foi campeão pela Williams em 1982. Seu filho Nico alcançou a glória eterna ao vencer a temporada 2016 pela Mercedes.

Satoru Nakajima/Kazuki Nakajima:

Não é exagero falar que tanto o pai quanto o filho eram pilotos estabanados. No caso de Satoru, ficou famoso por atrapalhar Ayrton Senna, durante o GP do Brasil de 1990. Na ocasião, o japonês quebrou a asa dianteira do brasileiro.

Já seu filho Kazuki, teve passagem bem rápida pela categoria. Disputou duas temporadas completas pela Williams em 2008 e 2009, mas sem sucesso.

Jos Verstappen/Max Verstappen:

Jos estreou na categoria em 1994 pela Benetton e se retirou em 2003. Ficou mais conhecido pelas batidas e por problemas de disciplina fora das pistas.

Seu filho Max entrou em 2015 e logo de cara mostrou ser muito mais talentoso do que o pai. Curiosamente, conseguiu algo que seu pai jamais fez: vencer corridas.

Mario Andretti/Michael Andretti:

Campeão em 1978, Mario Andretti tem seu nome marcado na história do automobilismo mundial. Entretanto seu filho Michael não teve a mesma sorte. Disputou a temporada de 1993 com a McLaren e subiu ao pódio apenas uma vez. Além disso, tomou um banho de seu companheiro Ayrton Senna.

Jan Magnussen/Kevin Magnussen:

A família Magnussen também tem seu nome escrito na categoria. Jan correu entre 1997 e 1998 pela extinta Stewart. Fez dupla com o brasileiro Rubens Barrichello.

Kevin seguiu os passos do pai e entrou para a F1 em 2014. Atualmente corre pela Haas, mas não teve seu contrato renovado e pode não permanecer na F1 no próximo ano.

Manfred Winkelhock/Joachim Winkelhock/Markus Winkelhock:

Embora não ser tão conhecida, a família Winkelhock já teve três parentes na F1. Manfred correu entre 1982 e 1985. Seu filho Markus fez somente uma corrida em 2007 pela Spyker. Além disso, Joachim, irmão de Manfred, disputou apenas a temporada de 1989 pela AGS.

Hans von Stuck/Hans-Joachim Stuck:

Outra família menos conhecida na história da categoria. Hans-Joachim correu nos primórdios da F1 nos anos 1950. Seu filho Joachim teve passagem entre 74 e 79.

Andre Pillete/Teddy Pillete:

André também esteve presente nos primeiros anos da F1, na década de 50. No caso de Teddy, participou de quatro provas pela Brabham, entre 74 e 77.




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