O candidato à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Wilson Rezato (PSB), teve seu direito de resposta negado, por conta de um vídeo de propaganda eleitoral da coligação “Sim para Juiz de Fora”. A decisão foi feita pelo juiz eleitoral Ricardo Rodrigues de Lima e foi publicada na segunda-feira (2).
As referidas imagens, citadas anteriormente, tratam-se de um trecho de uma entrevista, que o candidato fez para uma emissora televisiva do município.
Conforme o documento publicado, a defesa de Wilson Rezato alega que a propaganda, divulgada em horário eleitoral, focava no “atingir de forma direta, expressando conceito e imagem descontextualizada com claro fito difamatória, injuriosa e sabidamente inverídica”. Diante disso, a solicitação feita pela Justiça pede um direito de resposta, por parte do candidato, além de obstrução da veiculação de inserções da coligação.
O juiz Ricardo Rodrigues de Lima, frisa que por não terem sido encontradas provas de “descontextualização ou edição prejudicial do conteúdo”, não foi possível deferir o pedido de resposta. Além disso, a defesa de Wilson Rezato informa que não foi utilizado um trecho pela coligação, no qual o candidato teria dito que “Juiz de fora devia de ficar entre o Seminário Santo Antônio e o Manoel Honório” seria de autoria de Luis Cesar Falabella. Para a Justiça, “não houve qualquer ruptura em relação ao contexto da ideia exposta na entrevista, uma vez que o Requerente (Wilson) lançou o seu ponto de vista sobre o ideal de organização urbanística e se utilizou da citação para ilustrar ou reforçar sua linha de argumentação anteriormente defendida na entrevista”.
Além disso, o candidato teria alegado ‘má-fé’, por parte da Delegada Sheila (PSL), dizendo que a mesma tentara “ludibriar o eleitor e denegrir a imagem de seu concorrente, com utilização de conteúdo sabidamente inverídico, vez que manipulada”. Segundo o juiz eleitoral, “a fala da candidata pela coligação requerida, por sua vez, apenas lançou opinião oposta à do candidato requerente”.
Explicações
A assessoria da coligação “Sim para Juiz de Fora”, da Delegada Sheila, informa que não foi utilizado “conteúdo ofensivo ou inverídico de sua propaganda eleitoral”. A nota diz ainda que “acima de tudo vivemos num estado democrático onde o antagonismo de ideias e discursos devem ser resguardados para uma saudável construção de intenção de votos”.
Até o momento, a assessoria de Wilson Rezato, não manifestou posicionamento sobre o caso.