As inscrições para o Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) 2021 estão abertas e podem ser feitas até as 18h do dia 3 de novembro. Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) 50% das vagas são destinadas para Pism e a outra metade para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Criado há mais de 18 anos, o vestibular seriado se mostra vantajoso para que estudantes do ensino médio possam alcançar a aprovação em uma instituição pública.
Nesta edição as provas serão realizadas nos dias 27 e 28 de fevereiro pelos candidatos dos módulos II e III, e nos dias 13 e 14 março pelos candidatos do módulo I. Para o campus sede são oferecidas 1.903 vagas em 66 cursos. Já no campus de Governador Valadares há 400 vagas em dez cursos.
O Pism é dividido em três etapas, cada módulo corresponde a um período letivo do aluno. As provas têm o conteúdo estabelecido previamente e são aplicadas ao final de cada ano. Além disso para concorrer a uma vaga na UFJF é necessário ter feito todos os módulos e não ter repetido nos dois últimos anos do ensino médio. Saiba algumas vantagens de realizar o processo.
Uma oportunidade a mais
A graduanda do 1º período do Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas, Maria Júlia Zeferino de Melo, já sonhava em ingressar na UFJF. Em 2016, depois de realizar o Pism pela primeira vez, a estudante acabou reprovando no colégio, mas com muito esforço ela melhorou não só na escola como conseguiu ser aprovada no curso superior.
“Eu tinha trocado de colégio quando fiz o Pism I pela primeira vez, era tudo muito novo. Eu não tinha uma boa base e acabei reprovando na escola em 2016. Fiquei muito chateada e pensei que meu sonho de ingressar em uma faculdade pública tinha ido ‘por água abaixo’. Mas em 2017, usei essa segunda chance para me dedicar mais, e fui bem melhor no Pism I. Sou muito grata por ter tido a oportunidade de realizar o Pism e aplicar o que aprendemos na escola nas provas do vestibular.”
Assim como aconteceu com Maria Júlia, a UFJF permite ao candidato reprovado na primeira série do ensino médio ou na segunda série do curso técnico (cuja duração seja de quatro anos) se inscrever novamente no módulo I do triênio imediatamente subsequente, por uma única vez.
Conteúdo por módulos e regionalidade
Ter o conteúdo dividido por módulos anuais é uma das vantagens para quem busca o ingresso na UFJF pelo Pism. Os temas cobrados nas provas acompanham o que é trabalhado durante o ano. A graduanda do 1º período do curso de Direito, Tayná Martins Ferreira de Melo, conta como a divisão dos módulos a ajudou a conciliar a rotina de estudos.
“Sempre vi o Pism como uma oportunidade-chave para o meu ingresso em uma das melhores universidades do Brasil. Durante o ensino médio, comecei a me dedicar ao processo seletivo e criei uma rotina de estudos com as matérias exigidas em cada módulo. Percebi que, com a divisão dos módulos, a minha rotina se tornava mais fácil e prazerosa, porque não pesava com os estudos da minha escola e eu podia conciliar os dois ao mesmo tempo, por serem os mesmos conteúdos pedidos no vestibular.”
Os módulos I e II do processo equivalem a 120 pontos, e tem peso 2 e 3, respectivamente. O último módulo vale 140 pontos e possui peso 5. As provas são compostas por questões objetivas e discursivas. No módulo III, o candidato precisa escolher o curso pretendido e faz provas discursivas de acordo com a área da opção desejada. A pontuação final é obtida com o somatório das notas dos três anos multiplicadas pelos seus respectivos pesos, como a fórmula a seguir:
Pontuação Final = (pontos Módulo I) x 2 + (pontos Módulo II) x 3 + (pontos Módulo III) x 5
A estudante de Medicina Veterinária do 1º período, Maria Eduarda Toledo, destaca que desde o final do ensino fundamental sabia que precisaria se esforçar para o prova do Pism. “Comecei a me preparar durante todo o ensino médio. Eu tinha mais dificuldade no modelo de prova do Enem e sempre enxerguei o Pism como uma oportunidade de ingresso na UFJF. No 1º e 2ª ano eu me dediquei exclusivamente ao vestibular seriado, já no 3º ano eu dividi um pouco entre o Pism e Enem.”
A estudante destaca ainda sobre a questão das notas e peso dividido entre os anos. “No primeiro ano, somos muito jovens e imaturos ainda, nunca tivemos um contato com vestibular. Um peso menor dá a oportunidade de recuperação ao longo do ensino médio e valoriza muito a evolução dos alunos. Além disso, contribui para as pessoas que tiveram um ensino fundamental mais falho, dando uma certa ‘equidade”. Eu não tive uma base tão sólida durante o ensino fundamental e durante o ensino médio consegui me consolidar e me familiarizar com o modelo de prova.”
Menor concorrência e regionalidade
O processo apresenta menor concorrência do que o Sisu, já que os candidatos disputam apenas com pessoas inscritas no último módulo do Pism, diferentemente do Enem que as vagas são disputadas com pessoas do país todo. Para o estudante de Enfermagem do 1º período, Bruno Trindade, estudar na UFJF sempre foi seu foco principal.
“No ensino médio, consegui uma bolsa de estudos em um colégio que tinha como foco o Pism, o que me ajudou a conciliar o vestibular com a escola. O fato de cobrar o conteúdo daquele ano ajuda muito, além de ter uma menor concorrência em relação ao Enem. A UFJF sempre foi referência para minha família, tenho tios que estudaram na instituição e sempre me incentivaram”.
O Pism 2021 oferece aos ingressantes a possibilidade de se fazer as provas em quatro cidades: Governador Valadares (MG), Juiz de Fora (MG), Muriaé (MG) e Volta Redonda (RJ) e Petrópolis (RJ). Esse fator dá ao processo o caráter regional. Os candidatos das localidades e regiões próximas buscam o ingresso na Universidade por meio dele.
As informações sobre o processo seletivo podem ser acessadas no edital.
Fonte: Assessoria