Em julgamento realizado na terça-feira (27), no Fórum Benjamin Colucci, o réu Antônio Adriano Gonçalves, de 44 anos, responsável por dar 12 facadas na ex-mulher em 2019, foi inocentado da acusação de tentativa de feminicídio e condenado por lesão corporal. O julgamento contou com participação de júri popular.
A sentença do acusado foi proferida pelo juiz Paulo Tristão. A decisão do júri determinou que o autor do crime, foi condenado a oito anos de prisão em regime aberto. Como o mesmo cumpriu a pena em unidade prisional, o magistrado diz que o réu cumpriu de forma integral e por conta disso, a pena foi extinguida e foi determinada a expedição do alvará de soltura em favor de Antônio.
De acordo com a sentença, os jurados definiram que o réu, apesar de esfaquear a vítima, não teve a intenção de matá-la. O acusado alega que a motivação de cometer o crime, se deve por uma “traição praticada pela ex-companheira”, mesmo estando separados.
O documento informa também que a vítima, teve dano estético no olho, em decorrência dos golpes. Diante disso, a mesma declarou em julgamento, que está incapacitada de trabalhar.
O Crime
O ato criminoso ocorreu no dia 30 de agosto de 2019, quando a mulher foi encontrar o ex-marido, na Rua Major João Martins, na Vila Ozanan (Região Sudeste) em Juiz de Fora. Naquela ocasião, a vítima iria receber uma certa quantia de dinheiro, que seria utilizado na criação dos três filhos do casal, segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A partir do momento em que Adriano foi entregar um cartão para a ex-esposa, ele sacou uma faca e desferiu 12 golpes contra a vítima. Ela teve ferimentos no tórax, cabeça, rosto e braço direito. O Samu foi acionado para prestar atendimentos e encaminhou a mulher para o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
Naquela oportunidade, a Polícia Militar (PM) foi acionada e durante diligências, localizaram o autor do crime. De acordo com o boletim de ocorrência, Antônio confessou ter agredido a ex-esposa e que a faca utilizada no ato, foi jogada próximo ao viaduto, às margens do Rio Paraibuna. Os policiais foram em busca do artefato, porém este não foi encontrado.