Atletas de cinco modalidades de inverno contam como estão se preparando para Pequim 2022

A pandemia do novo coronavírus modificou o calendário, atrapalhou o planejamento, mas não impediu que os atletas brasileiros seguissem treinando para os Jogos Olímpicos de Inverno em 2022. A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) reuniu informações sobre a preparação de cinco modalidades com mais chances de qualificação neste ciclo olímpico. 

Bobsled

Presente em quatro edições dos Jogos Olímpicos de Inverno, o bobsled brasileiro vem realizando a preparação no próprio país. Com o cancelamento de competições no Exterior em função do coronavírus, o momento dos atletas é de treinamento. Uma importante parceria selada com a equipe do doutor Paulo Godoi também vem auxiliando na preparação da seleção da modalidade, que tem realizado avaliações mensais na clínica. 

Um dos atletas pioneiros em modalidades de inverno, o piloto Edson Bindilatti, fala da preparação para sua quinta edição dos Jogos Olímpicos e diz que deve se aposentar. 

“Nossa preparação para 2022 começou logo após a última descida dos Jogos de 2018. A chave virou lá. Os Jogos de 2022 marcarão minha despedida do bobsled, mas temos feito uma preparação muito forte. Estamos fazendo uma preparação de força no momento. Em algumas semanas, iniciaremos os trabalhos de potência, até para seguir como se estivéssemos numa competição. Isso é muito importante”, explica o piloto Edson Bindilatti.

“Cada dia que passa nos preparamos mais. A cada instante os Jogos se aproximam mais. Neste período de pandemia, obviamente dificultou um pouco, mas agora as coisas estão melhorando. Eu estava muito focado em preparação física, fiz pedaladas, muitas atividades, agora voltei para a academia, que antes estava fechada. Temos que fazer muito trabalho de explosão, corrida, bastante força”, diz Odirlei Pessoni, brakeman do Brasil.

Além disso, a abertura de um processo de identificação de novos talentos por parte da CBDG permite a atletas que realizem testes para buscar uma vaga no grupo que tentará a quinta classificação do bobsled brasileiro aos Jogos Olímpicos de Inverno. A primeira etapa de avaliação é online e contínua.

Monobob

A modalidade que fará sua estreia nos Jogos de Pequim 2022, o monobob terá como representante a atleta Marina Tuono. Treinando nos Estados Unidos, ela está focada para as competições que irão ocorrer nos próximos meses na Europa.

Patinação artística

Em 2022, a patinação artística do Brasil poderá alcançar a terceira edição de Jogos de Inverno com Isadora Williams. Com cancelamentos de competições da modalidade também por conta da pandemia, o momento da atleta está voltado para os treinos fora do gelo. Ainda não há previsão de um próximo evento.

Em 2018, em PyeongChang, Isadora tornou-se a primeira latino-americana a chegar a uma final da patinação artística nos Jogos Olímpicos de Inverno.

Patinação de velocidade

De olho nos Jogos de Inverno também estão Larissa Paes e João Victor da Silva. Ambos atualmente estão treinando no Exterior em busca do sonho olímpico.

Aos 19 anos, João Victor ingressou no esporte na temporada 2014/2015. Nascido em São Paulo, mas levado pelos pais para morar no Japão com 1 ano de idade, tem sua formação na patinação de velocidade feita prioritariamente na Ásia. Há cerca de um mês foi para a cidade de Inzell, na Alemanha, para um período de treinamentos.

Já a atleta Larissa Paes, de 25 anos, está em Salt Lake City preparando-se para buscar a qualificação para os Jogos. Com poucos dias desde que voltou aos Estados Unidos, “o objetivo por agora é readaptação, parte técnica”, comenta.

Skeleton

Nicole Silveira, de 26 anos, se tornou em 2018 a primeira atleta sênior a representar o Brasil na modalidade. No ano seguinte, foi a primeira atleta do país a competir em um Mundial de skeleton. Ainda em 2019, conquistou o Prêmio Brasil Olímpico na categoria Desportos no Gelo.

Neste momento, vem realizando os treinos em Calgary, no Canadá, onde reside. “Comecei com um novo treinador em maio. Faço meus treinos, levantamento de peso, corrida, treino na ice house. Tem sido muito bom”, afirma.

Por conta da pandemia, Nicole ainda não sabe ao certo quais serão os próximos passos. No planejamento inicial, viajaria nos próximos dias para Whistler, no Canadá, para realizar treinamentos. Na sequência, iria para a Europa realizar treinamentos e participar da Copa do Mundo. Certo, porém, é o desejo de alcançar a vaga em Pequim em 2022.

Fonte: COB




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