WADA atualiza lista de substâncias proibidas para uso de atletas em 2021

A Agência Mundial Antidoping (WADA, em inglês) fez uma atualização de sua listagem de métodos e substâncias proibidas para uso de atletas, a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano. O documento será utilizado como referência para a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão realizados entre 23 de julho e 8 de agosto.

Dentre as alterações previstas, está a nova classificação para drogas como maconha, ecstasy, heroína e cocaína, que passam a ser denominadas como “Substâncias de Abuso”, que são utilizadas com frequência na sociedade, fora do contexto esportivo. Isso significa que tais substâncias são usadas sem o intuito de melhorar a performance. 

Para Christian Trajano, gerente de Educação e Prevenção ao Doping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), “É extremamente importante que o atleta compreenda que não se trata de liberação para uso recreativo dessas substâncias, pois continuam proibidas e se detectadas em um exame antidoping será considerado uma violação à regra. O Código 2021 criou provisões para considerar uma redução das penalidades nos casos envolvendo estas substâncias em que o atleta busque voluntariamente um programa de reabilitação para abster-se das drogas. Além disso, tais substâncias são ilegais no Brasil e em muitos outros países, e sua posse, consumo e distribuição são passíveis de punição sob a legislação penal”.

Christian explica também que a nova lista permite intensificar na educação e na conscientização sobre o doping:

“A nova lista vem em um pacote de documentos renovados, que incluem um novo Código Mundial Antidoping e seu conjunto de padrões internacionais, incluindo o novo Padrão Internacional de Educação. A comunidade antidoping global tem como prioridade a intensificação da educação antidoping de atletas, principal ferramenta de prevenção e com melhor custo-benefício. O binômio teste-suspensão demonstrou-se de eficiência limitada nestes vinte anos desde a criação da WADA. Educação e Inteligência serão a mola propulsora do combate ao doping.”

O papel do COB em relação ao doping é o de orientar e educar os atletas para prevenir essa ameaça, mas cabe a eles o cuidado com a ingestão de qualquer substância em seu organismo. “A atuação do atleta no contexto educacional é fundamental. Todos os esforços para combater o doping no esporte são para a proteção do atleta honesto. O atleta olímpico é modelo para toda a sociedade, suas palavras, posturas e comportamento serão espelhados pelas gerações que o tem como exemplo. Minha mensagem aos atletas é uma convocação e o mote de nosso Programa de Educação e Prevenção ao Doping: Junte-se a nós na luta contra o doping no esporte”, destaca.




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