Cinco ações desenvolvidas coletiva ou individualmente em defesa do patrimônio cultural de Juiz de Fora foram reconhecidas na 15ª edição do “Prêmio Amigo do Patrimônio”. A comissão julgadora, que analisou 18 indicações, também outorgou duas menções honrosas. O prêmio é organizado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), com apoio da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa), por meio da Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac).
Instituído por meio da Lei 11.111/2006, o reconhecimento é concedido a pessoas físicas e jurídicas que tenham praticado ações para conservação, defesa e divulgação do patrimônio, além de iniciativas que visem difundir conceitos que auxiliem na compreensão do que é patrimônio cultural. Desde sua criação, o prêmio já contemplou mais de cem iniciativas. “Nesta edição, o ‘Amigo do Patrimônio’ destacou um espectro plural e significativo de iniciativas praticadas no âmbito de Juiz de Fora”, analisou a arquiteta Ana Lewer, responsável pelo Comppac na 15ª edição do prêmio.
Neste ano, foram premiados:
– “Juiz de Fora: Cidade Negra – Centro de Referência Sobre a Memória Negra na Cidade de Juiz de Fora” – Trabalho executado no Laboratório de História Oral e Imagem (Labhoi) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que busca evocar lugares de memória de pretos em Juiz de Fora, bem como resgatar tradições por meio de registros orais.
– Carlos Fernando Ferreira da Cunha Jr., pelo documentário “Vai Manter a Tradição: o Samba em Juiz de Fora”, que resgata e valoriza a memória dos “bambas” e do samba como cultura popular e tradição na cidade.
– Antônio Henrique Weitzel, em reconhecimento à sua vasta atuação na pesquisa e preservação das tradições e dos saberes, e em defesa da Cultura Popular, através de sua dedicação à salvaguarda do folclore mineiro e nacional.
– “Te Vi Por Aí”, aplicativo idealizado por Francisco Carlos Moreira Gomes, professor mestre da UFJF, e pelos geógrafos Ana Carolina de Souza Pereira, Lucas Pinheiro de Paula, Luciano Alves Soares Caramez, Gustavo Amaral Barbosa e Rômulo Montan Costa. Reconhecimento pela originalidade da proposta de georreferenciamento do espaço urbano atual, em comparação com a cidade de Juiz de Fora desenhada por Saboya Ribeiro no século 19.
– Adolfo Luís de Freitas, pelo projeto de maquete em Lego da Santa Casa de Misericórdia, em reconhecimento à possibilidade educativa que o instrumento representa.
Receberam menções honrosas:
– Dalila Varela Singulane e a Karina Avelar de Almeida, pela criação do “Aplicativo do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora”, aprovado junto ao Ministério da Cidadania, que busca promover a popularização do patrimônio, facilitando o acesso à informação.
– Coletivo Agrupa UFJF, pela importante iniciativa de recuperação de painéis e monumentos, além da contribuição na preservação de bens culturais no Município.
Fonte: Assessoria