Acusado de ser responsável por morte de casal recebe pena de 23 anos de prisão

Após mais de 17 horas de sessão realizada no Fórum Benjamin Colucci em Juiz de Fora, o jovem Arthur de Castro Paes Brazil, de 22 anos, foi condenado a 23 anos de prisão, por ser o responsável pelo assassinato do casal, Luísa Lima Machado, 22 anos, e Caio Sérgio Gomes Marques, 24, ocorrido em julho de 2017. Os jurados decidiram absolver o réu pela morte de Luísa, entretanto o mesmo responderá pelo homicídio de Caio. O julgamento teve início às 9h00 de terça-feira (29) e foi encerrada na madrugada desta quarta-feira (30).

Além disso, o suspeito recebeu pena de 25 anos de reclusão pela morte do jovem, entretanto foi reduzida para 23 em regime fechado, pois o mesmo tinha menos de 21 anos de idade naquele período.

O júri determinou também que Arthur irá pagar metade das custas processuais, bem como o tratamento psicológico de familiares de Caio, no valor de R$20.385. O réu teve seu pedido de liberdade negado.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os envolvidos no crime teriam dificultado qualquer possibilidade de defesa das vítimas “agirem de forma dissimulada e levá-las ao local do crime e por terem sido surpreendidas pelos disparos que as atingiram na cabeça”. O órgão interpreta que Arthur, mandante do assassinato, agiu por motivo torpe. “Embora a vítima tivesse envolvimento com o tráfico, seu comportamento não influenciou para que o réu agisse daquela forma”.

A princípio, o julgamento autor do crime seria realizado em novembro do último ano, porém segundo seu advogado, ele estaria internado numa clínica psiquiátrica. Na época, o juiz Paulo Tristão, determinou que o réu fosse submetido ao teste de insanidade mental.

No mesmo período, Higor Paulo da Silva, suspeito de efetuar os disparos contra o casal, foi condenado à 36 anos de prisão em regime fechado. O juiz negou direito de liberdade ao autor do crime. 

Relembre o caso

Caio Sérgio Gomes Marques e Luísa Lima Machado foram encontrados mortos dentro de uma caminhonete, no Bairro Previdenciários (Região Sul). Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o motivo do crime seria uma dívida do mandante do crime e também uma forma de acabar com a concorrência.

A perícia constatou que as vítimas foram alvejadas na cabeça e que o atirador estaria dentro dele. Durante a remoção dos corpos, foram encontrados também duas cápsulas de pistola calibre 45, sendo que uma delas estava no banco e a outra no assoalho do carona. A perícia encontrou ainda um boné vermelho.

De acordo com o inquérito policial, as vítimas foram atraídas para ao local do crime, numa emboscada planejada pelo próprio mandante, que queria comprar cerca de 200g de maxixe. No local o casal foi surpreendido pelos disparos.




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.