Dez de setembro é considerado um dos marcos do início da imprensa no país, com a fundação do primeiro jornal editado e impresso no Brasil, o “Gazeta do Rio de Janeiro”, que circulou de 1808 até dezembro de 1821. Para rememorar a data, a equipe do Museu “Mariano Procópio” destaca o acervo da instituição, sua hemeroteca (arquivo de periódicos) e as figuras de seu fundador, Alfredo Ferreira Lage (1865-1944) e de Geralda Armond (1913-1980), que dirigiu a instituição de 1944 a 1980, que contribuíram em alguns jornais da cidade e região.
O acervo da hemeroteca conta com aproximadamente 350 títulos de jornais e revistas da segunda metade do século 19 até os dias atuais. O periódico literário “Ostensor Brasileiro” é o exemplar mais antigo, de 1845. O início da guarda foi realizado por Alfredo, que costumava destacar, em lápis vermelho, os assuntos de seu interesse, além, de edições com eventos considerados importantes da história nacional, Geralda, por sua vez, buscava arquivar impressos com notícias sobre o Museu. A iniciativa foi passada adiante, sendo organizado o acervo pela documentalista Sônia Regina Miranda, a quem se atribui a fundação do setor.
Alfredo era formado em direito, contudo, atuou em diferentes segmentos, como o jornalismo, atividade até então incorporada por pessoas com formação em diferentes áreas, incluindo literatura e medicina. Foi colaborador do jornal “O Pharol”, periódico publicado em Juiz de Fora, e ficou à frente da gestão deste veículo de imprensa de 1891 a 1895. Geralda Armond também contribuiu em algum jornais, como o “Diário Mercantil”, e, dentre suas prioridades, a difusão do acervo do Museu, além de sua produção literária, como poetisa e professora.
A hemeroteca é aberta a pesquisadores, contudo, a solicitação de informações neste período de pandemia segue via e-mail (mapro.dep.acervo@pjf.mg.gov.br.)
Fonte: Assessoria