Campeões mundiais do revezamento se reencontram na Missão Europa e acertam detalhes de olho na medalha olímpica

A Missão Europa proporcionou o reencontro, após quase um ano, dos campeões mundiais do revezamento 4x100m rasos, em 2019. Em Rio Maior, Portugal, base principal do projeto do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de retomada dos treinamentos de alto nível, Aldemir Gomes, Derick Silva, Jorge Vides, Paulo André e Rodrigo Nascimento reiniciaram o planejamento para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Com bons tempos individuais, juntos formam um dos mais fortes times de velocistas do mundo. Agora querem aproveitar a oportunidade de passarem um período treinando em conjunto para lapidarem detalhes que poderão leva-los a um objetivo que eles não têm medo de falar: a medalha de ouro olímpica. 

“A gente sabe que está indo para Tóquio para brigar por uma medalha. E não é de bronze nem de prata, é ouro. Tenho certeza absoluta que podemos voltar para casa como campeões olímpicos e isso muda tudo na nossa cabeça. Temos potencial para ganhar, então agora é melhorar detalhes. Por isso, é importante estarmos juntos novamente, com o grupo fechado”, afirmou o catarinense Rodrigo Nascimento, que apontou a união da equipe como um dos diferenciais para as vitórias. 

“Somos adversários, temos consciência disso. Colocou numa reta dos 100m, todo mundo quer ganhar do outro. Mas, ao mesmo tempo, a gente sabe que unidos somos muito fortes. A nossa chance de sermos campeões olímpicos vai ser muito maior se permanecermos juntos”, reforçou o atleta de 25 anos.    

Foco nos detalhes

Para que o revezamento brasileiro repita nos Jogos Olímpicos o resultado do Mundial de Yokohama, em 2019, e suba novamente ao lugar mais alto do pódio, é preciso acertar os mínimos detalhes. Por isso, uma equipe do Laboratório Olímpico do COB está em Portugal e realizou nesta quarta-feira, dia 2, a primeira de uma série de avaliações com os velocistas brasileiros. Além dos cinco campeões mundiais, se juntou ao grupo Gabriel Constantino, recordista sul-americano nos 110m com barreiras, mas com potencial de integrar o revezamento. As primeiras análises foram da biomecânica, mas também estão previstas ações bioquímicas, que fornecerão dados sobre a recuperação dos atletas. 

“O objetivo da ação de hoje foi avaliar o modelo técnico como cada atleta acelera. Acreditamos que podemos melhorar ainda mais a aceleração destes atletas. Hoje vamos identificar a característica de cada um e sugerir um melhor modelo que se adeque a eles. Apesar de ser uma prova de revezamento, cada atleta tem a sua individualidade”, observou o treinador da equipe brasileira masculina do revezamento 4x100m, Felipe Siqueira.  

Fonte: COB




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