O Fórum Benjamin Colucci, retomou nesta quarta-feira (26), o julgamento referente ao caso do assassinato de Cláudia de Paiva Rezende, 47 anos, ocorrido em 2019 no Bairro Barreira do Triunfo (Região Norte) em Juiz de Fora.
No segundo dia de julgamento, foi definido que o réu Jaime Tristão Alves, suspeito de cometer o crime, foi condenado a 23 anos de prisão, por feminicídio e também por ocultação de cadáver. A sentença foi proferida pelo juiz Paulo Tristão, que também negou o direito de liberdade. O autor do crime está preso desde setembro do ano passado, no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).
Segundo o magistrado, Jaime foi condenado inicialmente a 21 anos de prisão e em regime fechado, por conta da morte da ex-esposa. Contudo, foram acrescentados mais 2 anos, pela ocultação de cadáver, porém em regime aberto.
Durante o julgamento, o juiz citou a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e explica que Cláudia e Jaime foram casados e tiveram dois filhos. No ano de 2017, eles se separaram e permaneceram no mesmo imóvel localizado no Bairro Nova Era (Região Norte), o qual foi dividido em duas partes.
Entenda o caso
No dia 8 de julho de 2019, o suspeito Jaime Tristão, teria registrado um Boletim de Ocorrência relatando o desaparecimento de Cláudia, na Zona Norte de Juiz de Fora. Mais adiante, familiares também procuraram a 3ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pela área.
Entretanto, o corpo da vítima só foi encontrado no mês de dezembro, mas devido ao estado de decomposição, a perícia não pôde realizar os trabalhos de praxe e não sendo possível determinar a causa da morte.
No primeiro depoimento, Jaime informou que no dia do desaparecimento, teria saído da residência dele de manhã e, por volta de meio dia, teria ido a um bar com amigos e ficado no local até a noite, se dirigindo, em seguida, a uma exposição agropecuária.
As investigações feitas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), analisaram as imagens de câmeras de segurança, que apontam Jaime como a última pessoa vista na companhia da Claúdia. Segundo o Delegado Rafael Gomes, “No dia desaparecimento dela, Claúdia estava dentro da padaria, em Nova Era, e ele passou com o carro em frente ao estabelecimento, dando a volta no quarteirão e parando o carro na rua principal por cerca de um minuto. Em seguida, ele chegou a ligar para a ex-mulher e consta a imagem que ela saiu da padaria e eles convergem na mesma rua”, disse, complementando que, depois disso, não há imagens dela na rua e o veículo se desloca do local.
De acordo com a autoridade policial, o carro de Jaime foi apreendido, durante as investigações. “Foi realizado exame que apontou que há indícios de sangue no encosto de cabeça do banco do motorista e na porta esquerda. Há também indícios de sangue no casaco que ele utilizava no dia do desaparecimento”, concluiu.