Com a propriedade no alto da colina, o castelinho da família Ferreira Lage ganhava destaque por sua arquitetura única em Juiz de Fora, e, além disso, a beleza de seus jardins chamava atenção pela diversidade de espécies. O parque que ladeia as edificações do Museu “Mariano Procópio”, como assim conhecemos hoje, foi criado em 1861, e faz parte do patrimônio cultural que compreende toda extensão da instituição. Com projeto atribuído ao paisagista francês Auguste Glaziou (1828-1906), o jardim histórico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2015. Em 1934 o espaço foi doa do ao Município, e em 1936 Alfredo Ferreira Lage (1865-1944), fundador do Museu e filho de Mariano Procópio (1821-1872), doou os prédios, juntamente com suas obras, à cidade de Juiz de Fora, tornando o espaço e seu acervo relíquia de todos os cidadãos. Em vídeo, com imagens gravadas esta semana, o público poderá matar a saudade do espaço, que, durante a pandemia, encontra-se fechado à visitação.
Dentre as 155 espécies de árvores que compõem as áreas do parque e bosque do Museu “Mariano Procópio”, algumas são especiais, como, por exemplo, as sapucaias, que entre setembro e outubro florescem e trocam a folhagem, deixando a copa das árvores totalmente rosa. Estimando a época da construção do castelinho, que se tornaria a residência de veraneio da família de Mariano Procópio, e a arborização e paisagismo da propriedade, algumas das árvores que ladeiam os prédios históricos podem ter mais de 150 anos. As nativas estão entre os ícones da instituição, compondo um dos principais cartões-postais de Juiz de Fora.
Em 2017 foi realizado levantamento arbóreo, com a classificação das espécies existentes, e a contagem das árvores acima de 14cm de diâmetro, totalizando 2.784. O Departamento de Parque e Edificações (Depae) do Museu “Mariano Procópio” cultiva em estufa própria algumas espécies de plantas encontradas no seu jardim histórico, realizando a manutenção do paisagismo das áreas verdes. O parque é considerado atrativo à parte, com as vias do entorno do lago e bosque utilizadas para a prática da caminhada, piqueniques e ensaios fotográficos, oferecendo espaços para leitura, bordado e até mesmo como fonte de pesquisa acadêmica.
Fonte: Assessoria