Suspeitos por praticarem fraude processual são presos pela Polícia Civil

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), prendeu na quarta-feira (5) na Zona Norte de Juiz de Fora, dois homens de 27 e 33 anos, suspeitos de envolvimento na prática de crime processual. Os dois infratores eram investigados pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DERR) por suspeita de participação em um roubo, ocorrido no dia 11 de junho, no Bairro Alto dos Passos (Região Central). No referido dia, a vítima foi mantida refém dentro de sua residência e os infratores roubaram diversos relógios, telefones celulares e outros produtos avaliados em R$ 80 mil.

De acordo com informações do Delegado Carlos Eduardo Santos Rodrigues, os investigados teriam se passado por compradores de produtos eletrônicos de uma loja virtual. Um dos suspeitos teria marcado, pelo aplicativo WhatsApp, de buscar o produto, o qual seria um telefone:

 “Chegando ao local, quando a vítima, dona da loja, abriu o portão, foi abordada por dois suspeitos. Ela foi amordaçada, trancada em um banheiro e eles roubaram os materiais”, contou. 

A autoridade policial explica que durante o processo de investigações e análises das câmeras de segurança da residência onde a vítima foi rendida,  foi possível identificar o veículo que teria sido usado na fuga dos indivíduos no dia em que ocorreu o crime:

 “O proprietário do carro, 33 anos, também foi identificado e reconhecido como sendo um dos autores. Ele foi abordado nesta semana pela equipe de policiais civis conduzindo o automóvel e estaria com um dos relógios roubados da vítima, além de uma porção de maconha para consumo próprio. Na residência do autor, ainda foram apreendidos oito relógios. O carro foi encaminhado à perícia” relata o Delegado, reiterando que o suspeito não havia sido preso pelo roubo ocorrido em junho, pois não estava em situação flagrante. Entretanto, as investigações continuaram.

Na quarta-feira (5), os policiais civis obtiveram êxito em localizar e prender os dois autores, envolvidos no crime:

“Apurações indicaram que uma pessoa teria entrado em contato com a vítima, por meio do aplicativo WhatsApp, querendo comprar um relógio da mesma marca daquele que foi localizado com um dos investigados. E essa pessoa teria solicitado uma nota fiscal com data retroativa. Na entrega do documento, na Zona Sul da cidade, os policiais conseguiram abordar novamente o suspeito e o outro indivíduo que, posteriormente, também foi reconhecido por participação no roubo”, disse. 

A autoridade policial também explicou detalhes sobre o objetivo dos investigados ao solicitar o documento:

“Investigações apontam que seria para obter uma nota fiscal do relógio, que já estava na posse de um deles, para juntar aos autos e fazer prova a favor dele, no entanto, isso já foi comunicado ao juízo no flagrante com cópia do inquérito policial relacionado ao crime de roubo”, concluiu.

Além disso, durante as diligências, os policiais civis apreenderam quatro celulares, nove relógios, uma câmera fotográfica, o referido veículo e dinheiro. Diante dos fatos, os autores foram presos em flagrante pelo crime de fraude processual e serão indiciados pelo delito de roubo majorado e por fraude processual. Somadas, as penas podem chegar a 17 anos. Eles foram encaminhados ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça.

 




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