Especialistas debatem Educação e Prevenção ao Doping em Live Especial do COB

A sétima Live Especial do Comitê Olímpico do Brasil, realizada na quarta-feira (23), abordou o tema Educação e Prevenção ao Doping. Quatro especialistas na área debateram sobre as perspectivas futuras para a prevenção ao doping por meio da educação e relembraram diversos momentos de suas carreiras relacionados ao tema. Participaram do bate-papo Luisa Parente, Secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Henrique Marcelo Pereira, Coordenador do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem e Paulo Schmitt, Procurador-Geral da Justiça Desportiva Antidopagem. A mediação ficou por conta do Gerente de Educação e Prevenção ao Doping do COB, Christian Trajano.

“Nós tivemos três grandes momentos durante a live: discutimos a era pré-WADA (Agência Mundial Antidoping), pós-WADA e o atual momento com as retomadas das atividades antidoping, além do que esperar para o futuro. Foi uma grande oportunidade de levar o tema ao público. A melhor prevenção ao doping é a educação”, disse o gerente de Educação e Prevenção ao Doping do COB, Christian Trajano.

Durante o bate-papo, a atual secretária da ABCD, Luisa Parente, que encerrou a carreira na ginástica artística aos 22 anos, lembrou de situações que vivenciou em relação ao doping, como a perda da medalha de ouro do ex-velocista canadense Ben Johnson nos Jogos Olímpicos de Seul 1988. “O que eu trago das experiências que vivi e uma das coisas mais importantes que nós procuramos chamar a atenção do atleta é o valor que a medalha tem no peito e quanto vale perder a medalha. Porque colocar anos de preparação em risco é um prejuízo enorme para todos. Então, nós da ABCD, sempre fazemos esse alerta”, disse.   

O Procurador-Geral da Justiça Desportiva Antidopagem, Paulo Schmitt, acredita que é preciso lutar pela independência dos Tribunais e Procuradorias. “Precisamos trabalhar a ideia da responsabilização, mas sem descuidar do controle e da fiscalização. Se não enxergarmos o doping como fator de risco de integridade e da sobrevivência do esporte, a gente avança muito pouco, porque o escândalo russo, por exemplo, já deveria ter trazido profundas transformações em todos os sistemas”, afirmou.

Dr. Henrique Marcelo também falou sobre os desafios para os laboratórios em um futuro próximo. “Quanto mais recursos existirem para pesquisa, mais ferramentas criativas dentro do arsenal antidopagem. Essas coletas, que possibilitam estabilidade maior da amostra, são tudo para conseguir ter muito mais confiança para proteger o atleta limpo. Então o futuro é muito promissor, porque a comunidade é muito dedicada”, finalizou.

Fonte: COB




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