Corte Arbitral do Esporte retira punição e libera Manchester City a disputar competições europeias

A Corte Arbitral do Esporte (CAS), anunciou nesta segunda-feira (13), a retirada da punição imposta pela UEFA, na qual bania o Manchester City de disputar competições europeias por dois anos. Além disso, o clube inglês conseguiu reduzir valor da multa de 30 milhões de euros para 10 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões). No entanto o CAS determinou que este valor seja pago dentro do período de 30 dias, cujo prazo iniciou hoje.

Quanto ao caso, o City foi considerado culpado por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016. A denúncia do caso foi feita pela revista alemã Der Spiegel, em novembro de 2018. A revista alemã disse que os donos do City tentaram contornar as regras do FFP colocando dinheiro no clube disfarçado de renda de patrocínio. Um documento parecia mostrar que a Etihad Airways estava pagando apenas 8 milhões de libras de um contrato de patrocínio de 67 milhões de libras.

Após a divulgação do resultado do julgamento, o Manchester City emitiu um breve comunicado em seu site oficial, agradecendo ao CAS por solucionar o caso:

Na pendência de analisar em detalhes a resolução do Tribunal de Arbitragem do Esporte (TAS) o mais rápido possível, o Manchester City deseja expressar a sua satisfação com a resolução que valida a posição do clube e as evidências apresentadas. O clube deseja agradecer ao TAS e aos membros do painel de árbitros por sua diligência neste procedimento.”

Como funciona as regras do fair play financeiro

O regulamento foi aprovado pela UEFA em 2010, mas foi efetivado em 2011, com objetivo de visar a melhoria da situação financeira de todos os clubes da europa e consequentemente equilibrar os gastos. Ou seja, eles não podem gastar mais do que arrecadam.

Princípios básicos

  • Sem calote: os clubes que disputam as competições da UEFA devem apresentar documentos que não apontam dívidas pendentes;
  • Controle de gastos: o clube não pode gastar € 5 milhões além do que arrecada por período de avaliação, que é de três anos. No caso de clubes cujos donos tenham patrimônio como garantia para fazer o pagamento, o valor pode chegar a € 30 milhões. 
  • Investimento sustentável: A entidade monitora clubes que tenham tido injeção suspeita de dinheiro, mas, ao mesmo tempo, controla aqueles times com dificuldades estruturais.

Punições possíveis

  • Advertência
  • Repreensão
  • Multa
  • Dedução de pontos
  • Retenção das receitas de uma competição da Uefa
  • Proibição de inscrição de novos jogadores nas competições da Uefa
  • Restrição ao número de jogadores que um clube pode inscrever para a participação em competições da Uefa, incluindo um limite financeiro sobre o custo total das despesas com salários dos jogadores inscritos na lista principal para a participação nas competições europeias
  • Desqualificação das competições a decorrer e/ou exclusão de futuras competições
  • Retirada de um título ou prêmio




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