Câmara discute situação do comércio durante a pandemia

Na manhã de quinta-feira (18), o Plenário da Câmara Municipal recebeu representantes do comércio e do Executivo para debater a possibilidade de flexibilização do funcionamento do comércio em Juiz de Fora. A discussão foi solicitada pela Mesa Diretora do Legislativo com o objetivo de promover o diálogo sobre a questão.

Representando a Prefeitura, estiveram presentes os secretário de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano, Luís Cláudio Santos Pinto; de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária, Lúcio Sá Fortes; e de Governo, Ricardo Miranda. Também participaram da reunião o vice-presidente da Associação Comercial, Guilherme Duarte; o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL/JF), Marcos Casarin; o presidente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Emerson Beloti; o  presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio (SEC/JF), Silas Baptista; o advogado do Sindicomércio e assessor jurídico do G12, Rubens de Andrade Neto; o representante dos ambulantes, Gilcimar de Matos; e a representante dos comerciantes da Rua São Sebastião, Paula Campos de Castro.

Com lojas fechadas há 92 dias, representantes do comércio relataram dificuldade financeira causada pela paralisação das atividades. “Estamos há 3 meses parados e já estamos chegando a uma situação insustentável. Sabemos da importância de reabrir o comércio e queremos regulamentação para reabrir com precaução”, afirmou a comerciante Paula Campos. Os membros da categoria reforçaram a necessidade de trabalharem junto ao poder público para encontrar uma solução.

À frente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária há cerca de três semanas, Lúcio de Sá Fortes ressaltou que está aberto ao diálogo com os comerciantes. “Estamos do mesmo lado, não nos vejam como antagonistas”, pediu o secretário. Lúcio enfatizou que reconhece as dificuldades vividas pelos comerciantes e que é necessário cautela para lidar com a situação já que, além do grave problema econômico, a questão envolve a saúde da população.

O vereador Dr. Antônio Aguiar (DEM) destacou que para elaborar estratégias de reabertura com segurança é fundamental que o município realize mais testes de COVID-19. “A testagem é essencial no combate à pandemia. Precisamos fazer uma testagem epidemiológica para identificar em quais regiões de Juiz de Fora os casos estão em maior número e, a partir daí, vamos traçando estratégias com mais segurança”, defendeu. Marlon Siqueira (Progressistas) também ressaltou a importância de compilar dados sobre os casos confirmados da doença na cidade.

Representantes da Associação Comercial e do Sindicomércio criticaram a adesão de Juiz de Fora ao programa Minas Consciente, proposto pelo governo estadual. Eles defendem que o município deveria elaborar um plano próprio e, assim, ter mais autonomia nas decisões sobre flexibilização do comércio. “Em momentos difíceis nós precisamos escutar e olhar os bons exemplos ao nosso redor. Eu não quero criticar o programa Minas Consciente, mas me parece um equívoco a adesão de Juiz de Fora. Das 10 maiores cidades do estado, só Juiz de Fora aderiu ao programa”, pontuou o vice-presidente da Associação Comercial, Guilherme Duarte.

O vereador Rodrigo Mattos (CIDADANIA) propôs uma mobilização para levar a discussão sobre a flexibilização do comércio até a esfera estadual. “O prefeito aderiu ao Minas Consciente por convicção e essa vai ser a política adotada pelo menos por algum tempo. Então a minha sugestão para as entidades aqui presentes é a de envolver o governo estadual nessa discussão”, pontuou.

O parlamentar Wagner do Sindicato (CIDADANIA) defendeu a adesão de Juiz de Fora ao Minas Consciente, ressaltando que o sistema de saúde da cidade é referência para 94 municípios. Por outro lado, os vereadores Júlio Obama Jr. (PODE), Juraci Scheffer (PT) e André Mariano (PSL) se posicionaram contra a adesão ao Minas Consciente. Obama afirmou que o programa gerou confusão e incoerência e André Mariano vê a adesão como uma forma de a Prefeitura de Juiz de Fora se omitir. Já Juraci Scheffer enfatizou que não confia no governo estadual e classificou o Minas Consciente como “cortina de fumaça”.

Fonte: Assessoria




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