Trabalhadores de ônibus coletivo de Juiz de Fora paralisam atividades e protestam por atraso de salários

Os motoristas e cobradores da Viação Goretti Irmãos Ltda (GIL), paralisaram de forma temporária, todas suas atividades durante a madrugada desta segunda-feira (8) em Juiz de Fora. Os funcionários protestaram pelo atraso de salários parciais.

Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Urbano Coletivo (Sinttro), aproximadamente 60 ônibus ficaram guardados na garagem da empresa e a paralisação das atividades iniciou a partir das 3h e foi encerrada por volta das 7h30 da manhã. Após o ato, os ônibus voltaram a circular normalmente.

Como citado anteriormente, a GIL havia pago apenas 40% do valor do salário de seus funcionários. Após negociações, os membros do sindicato junto com a empresa, concordaram em efetuar o pagamento dos 10% restantes, nos dias 19 e 26 deste mês.

Em nota a GIL informa que o ocorrido foi um “piquete do sindicato”, e que os funcionários ficaram cientes da situação da empresa e decidiram trabalhar normalmente.

A viação reforça que ue houve tentativa de negociação. “A empresa foi clara em suas necessidades de dividir o pagamento, mas na quinta-feira os membros do sindicato não compareceram ao encontro marcado”. A empresa declara que “o movimento é ilegal. Há uma liminar, de março, que impede as paralisações por 90 dias”.

Situação financeira das empresas de ônibus

 No último dia 20 de maio, os vereadores se reuniram na Câmara Municipal de Juiz de Fora para tratar sobre a remuneração dos trabalhadores do setor e a crise do sistema, que vem sendo agravada pela COVID-19.

O consultor das empresas São Francisco e Tusmil, ligados ao Consórcio VIA JF, Frederico Miana, participou da reunião e comentou sobre o desequilíbrio do sistema, e que as empresas já vêm passando por crises há alguns anos. “Houve uma redução de aproximadamente 70% do número de passageiros. Porém, o número de ônibus circulando foi reduzido para menos de 50%”. O consultor disse que se medidas coletivas não forem tomadas, o sistema de transporte pode entrar em colapso.

Ao longo da reunião, o Secretário de Transporte e Trânsito, Eduardo Facio, propôs uma possível solução para o problema, “que seria apenas para uso imediato: utilização de três milhões do Executivo, que estão alocados no setor do transporte, destinados apenas para pagar o salário dos funcionários”.

 




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