Manchester City vai ao Tribunal Arbtitral do Esporte para se defender de punição imposta pela UEFA

O Manchester City iniciou nessa segunda-feira (8) no Tribunal Arbitral do Esporte, a sua defesa contra a punição do fair play financeiro, imposto pela UEFA. No início deste ano, a entidade máxima do futebol europeu baniu o time inglês por duas temporadas de qualquer competição continental, organizado pela entidade. 

Naquela ocasião, o City foi considerado culpado por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016. A denúncia do caso foi feita pela revista alemã Der Spiegel, em novembro de 2018. Diante dos fatos, o clube inglês foi multado no valor de 30 milhões de euros.

A revista alemã disse que os donos do City tentaram contornar as regras do FFP colocando dinheiro no clube disfarçado de renda de patrocínio. Um documento parecia mostrar que a Etihad Airways estava pagando apenas 8 milhões de libras de um contrato de patrocínio de 67 milhões de libras.

Todo o processo envolvendo o Manchester City e o Tribunal Arbitral do Esporte, pode durar a semana inteira, no entanto o veredito final não deve sair de forma imediata. Se o tribunal de arbitragem esportiva tomar uma decisão desfavorável ao City, o clube inglês ainda poderá apelar para o Tribunal Federal Suíço, que seria a última esperança para o time treinado por Josep Guardiola.

Como funciona as regras do fair play financeiro

O regulamento foi aprovado pela UEFA em 2010, mas foi efetivado em 2011, com objetivo de visar a melhoria da situação financeira de todos os clubes da europa e consequentemente equilibrar os gastos. Ou seja, eles não podem gastar mais do que arrecadam.

Princípios básicos

  • Sem calote: os clubes que disputam as competições da UEFA devem apresentar documentos que não apontam dívidas pendentes;
  • Controle de gastos: o clube não pode gastar € 5 milhões além do que arrecada por período de avaliação, que é de três anos. No caso de clubes cujos donos tenham patrimônio como garantia para fazer o pagamento, o valor pode chegar a € 30 milhões. 
  • Investimento sustentável: A entidade monitora clubes que tenham tido injeção suspeita de dinheiro, mas, ao mesmo tempo, controla aqueles times com dificuldades estruturais.

Punições possíveis

  • Advertência
  • Repreensão
  • Multa
  • Dedução de pontos
  • Retenção das receitas de uma competição da Uefa
  • Proibição de inscrição de novos jogadores nas competições da Uefa
  • Restrição ao número de jogadores que um clube pode inscrever para a participação em competições da Uefa, incluindo um limite financeiro sobre o custo total das despesas com salários dos jogadores inscritos na lista principal para a participação nas competições europeias
  • Desqualificação das competições a decorrer e/ou exclusão de futuras competições
  • Retirada de um título ou prêmio

 




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