O governador Romeu Zema participou nessa terça-feira (19), por videoconferência, da segunda rodada de reuniões com prefeitos para discutir as ações de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus no estado e retomada gradual da economia. Zema conversou com nove prefeitos das regiões Noroeste, Norte, Leste, Leste do Sul, Oeste e Centro-Sul.
Durante seu pronunciamento, o governador destacou para os chefes de Executivo municipal que Minas ocupa a segunda posição entre os estados com os menores índices de mortes por coronavírus, atrás do Mato Grosso do Sul. De acordo com o boletim epidemiológico de hoje, o estado registra 4.977 casos confirmados e 167 óbitos.
De acordo com Zema, os baixos indicadores se devem à agilidade na adoção de medidas de isolamento e estruturação do estado na área da Saúde no combate à pandemia.
“Esses oito ou dez dias que antecipamos nossas ações em relação aos demais estados fizeram uma grande diferença. Suspendemos as aulas em 17 de março e, cinco dias depois, adotamos as medidas de isolamento. O comportamento da população também deve ser destacado. O povo mineiro é mais ordeiro, criterioso e consciente para seguir as recomendações. Minas corresponde a 10% da população brasileira, mas responde por apenas 1% dos óbitos”, afirmou.
Linha de frente
Romeu Zema destacou que o estado conseguiu ganhar tempo para realizar uma estruturação na área da Saúde. “Talvez uma das mais relevantes tenha sido o recolhimento de 428 respiradores de diversas regiões de Minas que estavam fora de uso. Esses equipamentos foram reparados e, neste momento, um lote de 75 unidades está pronto para ser devolvido à população”, pontuou.
O governador também chamou atenção para a compra de 1.047 respiradores, que serão entregues nos meses de junho, julho e agosto. “Parte dos recursos para a compra dos equipamentos foi do depósito judicial da Samarco. Conseguimos fazer o pagamento antecipado e adquirir os respiradores por um preço mais em conta”, explicou.
O Hospital de Campanha foi outra iniciativa destacada pelo governador aos prefeitos. “Foram criados 768 leitos no Expominas, na capital. Vale lembrar que gastamos R$ 5,3 milhões, sendo que 80% deste valor foi doado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)”, afirmou.
Romeu Zema também abordou os esforços para atender o interior de Minas, com a reativação, em todas as regiões, de mais de 660 unidades de terapias intensivas. “Com isso, eu posso dizer que a situação de Minas em relação aos leitos de UTI é completamente diferente de há 60 dias. Mesmo que a curva tenha uma inclinação acentuada, estamos diante de uma nova realidade para atendermos a população”, enfatizou.
Apenas 8% dos leitos de UTI estão ocupados com suspeitos ou portadores do coronavírus. “As estatísticas mostram que o pico da pandemia em Minas está sendo jogado para frente. Isso significa que conviveremos com esta situação por meses e meses. Dessa forma, temos que buscar um ponto de equilíbrio entre os cuidados com a saúde e a reativação das atividades econômicas de maneira responsável, gradual e segura”, destacou.
Municípios
Os prefeitos também relataram ao governador as medidas que foram adotadas e os respectivos resultados. Muitas delas em sintonia com o Estado e com decisões deliberadas por meio dos comitês recém-criados pelas prefeituras para combater o novo coronavírus. Os noves prefeitos foram unânimes ao afirmar que, atualmente, a situação se encontra controlada.
“Aderimos ao programa Minas Consciente porque já conseguimos enxergar a possibilidade da retomada da economia”, disse a prefeita de Manhuaçu, Cici Magalhães.
O Minas Consciente é um plano destinado a orientar a possibilidade de retomada das atividades econômicas de forma responsável nos municípios, observando o impacto no sistema de saúde.
O plano aborda uma ótica de retomada gradual, progressiva e regionalizada, embasada em critérios e dados epidemiológicos, a partir de um monitoramento constante da situação pandêmica e da capacidade assistencial.
Parceria
O secretário de Governo, Igor Eto, destacou a importância da reunião para ouvir dos prefeitos as principais dificuldades e demandas, uma vez que são eles que têm o maior contato com a população. O secretário ainda ressaltou a importância da parceria entre os prefeitos e o governo, que tem ajudado o Estado a manter a pandemia em níveis controlados.
“O momento agora é de cooperação e união entre o governo estadual e as prefeituras. Nós sabemos e respeitamos a autonomia dos prefeitos de legislarem em suas cidades e determinarem como as coisas vão acontecer, mas a gente sabe do tanto que os prefeitos estão sendo parceiros do governo estadual, querendo trabalhar junto. Prova disso é a adesão maciça ao programa Minas Consciente”, afirmou.
Fonte: Agência Minas