Em Live com Mosiah Rodrigues, Arthur Nory destaca importância da Bolsa Atleta no auxílio a esportistas na quarentena

Medalhista de bronze no solo nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Campeão mundial na barra fixa em Stuttgart, em 2019. Prata no individual geral nos Jogos Pan-Americanos de Lima, também no ano passado. Um dos principais nomes do país na história da ginástica artística, o paulista Arthur Nory participou de uma Live no Instagram promovida pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

O bate-papo foi conduzido por Mosiah Rodrigues, ex-ginasta olímpico e hoje coordenador-geral do Programa Bolsa Atleta do Ministério da Cidadania,  Durante quase meia hora, Nory falou sobre vários temas, entre eles a importância do Bolsa Atleta para sua carreira e como ele está lidando com as limitações impostas pelo isolamento social decorrente da pandemia do COVID-19.

Nory fez questão de ressaltar a importância que o Bolsa Atleta teve em sua carreira. Ele fala com conhecimento de causa, pois recebe o benefício desde 2009, antes mesmo de disputar a primeira competição internacional, os Jogos Olímpicos da Juventude de Cingapura, em 2010. Naquela ocasião, ele quase voltou para casa com medalha: terminou em quarto no salto.

“Eu acho que o Bolsa Atleta é muito importante. Tem muita gente que não conhece, que não sabe, mas para os atletas de modalidades olímpicas a gente começa a receber já com 14 anos. Tem todo um processo seletivo, uma inscrição, e tem que tomar cuidado com as datas, pois eu já perdi data de inscrição. Depois não adianta ficar chorando”, brincou.

Em 2019, o programa passou pela recomposição de seu orçamento pelo governo federal. Isso permitiu que uma nova lista de 3.142 atletas contemplados fosse publicada em abril, num investimento de R$ 31 milhões. Com isso, o programa, que havia perdido força na gestão anterior, tem atualmente mais de seis mil atletas atendidos.

“Sempre que abrem as inscrições, mando a minha e compartilho o serviço para todo mundo, porque é um incentivo aos atletas e é um recurso a mais para a gente se desenvolver dentro do esporte. Temos esse comprometimento com o programa, de dar esse retorno. Conforme os resultados, você vai crescendo. Tem o valor nacional, o internacional e vai até o pódio”, detalhou.

Nory também falou sobre a importância de o benefício estar sendo pago normalmente neste momento de isolamento, mesmo com os atletas não tendo condições de competir em função da suspensão de praticamente todo o calendário esportivo mundial.

“O Bolsa Atleta está lá para amparar a gente. Tem muitos atletas que dependem do programa e podem ter essa segurança, porque estamos afastados (das competições). Então, como vamos ter resultados e dar esse retorno?”

Rotina e Tóquio 2020

O Brasil soma 178 vagas garantidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Desse total, 51 já têm nome e sobrenome definido. As demais dependem de convocação das equipes técnicas. Desse grupo de 51, 47 (92,1%) são integrantes do Bolsa Atleta. O investimento federal anual no grupo é de R$ 5,98 milhões.

Na ginástica artística, a equipe masculina já tem vaga garantida e, no feminino, Flavia Saraiva já carimbou seu passaporte para a competição individual.

Em um mundo em condições normais, Nory, a essa altura, estaria na fase final da preparação para as Olimpíadas. A pandemia mudou tudo. Atualmente, ele treina em casa, numa rotina muito diferente daquela que estava acostumado.

“No começo, a gente estava na incerteza sobre o adiamento ou não dos Jogos. Depois que bateram o martelo e falaram que seria adiado, os treinadores e toda a comissão se planejaram e começaram a encontrar formas para reunir todos os atletas por aplicativo e a gente treina. Treinamos todos os dias a partir das 9h30. Eu inclusive estava postando as fotos do treino de hoje antes dessa Live”, contou o ginasta. “Estamos nos adaptando. É isso o que a gente tem e estamos usando as coisas que temos em casa. A mochila a gente coloca livros dentro para fazer de peso, temos elásticos, e estamos encontrando essas formas para nos manter ativos e motivados para os Jogos do ano que vem”, prosseguiu.

Além dos treinos adaptados, ele ressaltou que as outras áreas que são fundamentais para os atletas, como nutrição e acompanhamento psicológico, seguem mantidas, mesmo que a distância, e isso tem sido fundamental nesse período.

“A gente mantém virtualmente, principalmente o trabalho psicológico, que é fundamental para o atleta de alto rendimento e para todo mundo, acredito, para colocar a cabeça no lugar e ajudar controlar a ansiedade, porque atleta dentro de casa não sabe onde gastar a energia. Então precisa controlar bastante a cabeça para estar bem e fortalecer esses outros pontos do atleta. A gente continua virtualmente os trabalhos e a nutricionista também está acompanhando com a gente e a fisioterapia fazemos todo dia. Os 40 minutos iniciais antes dos treinos é com fisioterapia”, detalhou.

 

Fonte: Assessoria




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