O prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas, concedeu entrevista coletiva na Câmara Municipal, para tratar sobre a situação atual do Coronavírus pela cidade. Até a sexta-feira (27), foram confirmados 11 casos da doença. O prefeito comentou sobre os dados e também a respeito da possibilidade da população voltar aos trabalhos:
“Nós temos um dado um pouco acima. Poderemos publicar a qualquer momento, não há dificuldade nisso. Mas nós estamos trabalhando insistentemente com essa premissa. O mais importante são os números com os quais os técnicos da cidade de Juiz de Fora estão trabalhando e esses dados nos permitem garantir que não está na hora de voltar aos trabalhos. Está na hora de ficar em casa porque nós enfrentaremos o período mais difícil da crise”.
Antônio Almas foi questionado sobre as realizações dos testes para identificar se algum paciente está com Coronavírus. Alguns laboratórios e instituições pela cidade estão dispostos a realizar tais testes:
“Nós estamos buscando garantir a quantidade necessária para todos os profissionais. A Prefeitura tem feito todos os esforços junto com vários setores da cidade, existem grupos empresariais, que inclusive estão conseguindo importar algum material e que estará chegando para as diversas unidades de saúde”.
Em um determinado momento, o prefeito foi questionado sobre a questão dos casos suspeitos da doença, das subnotificações e também dos dados divulgados:
“Os dados concretos estão conosco e é com base neles, que a nossa vigilância epidemiológica que nós estamos trabalhando. Nós repassamos dados para o estado e que seja determinado o boletim.
Na questão sobre se a quantidade de leitos hospitalares é o suficiente para alocar os pacientes, Antônio Almas trata o assunto com cautela, uma vez que a Prefeitura analisa todos os tipos de cenários possíveis;
“Temos que analisar com bastante tranquilidade este processo. Nós temos cenários mais tranquilos e outros que podemos dizer, que o colapso se transforma no verdadeiro caos. Estamos trabalhando muito mais para entender qual vai ser a gestão desse processo. Se a gestão de Juiz de Fora é sobre 600 mil habitantes, nós temos uma necessidade própria de leitos para 600 mil habitantes. Se a nossa gestão será para toda a micro região, nós teremos quase 1 milhão de habitantes e teremos outro número de leitos necessários. Se nós ficarmos com a responsabilidade de trabalhar também com o centro-sul, como está dito na norma técnica do estado de fevereiro, isso aí são 2,5 milhões de habitantes. Então na verdade, nós precisamos clarear mais porque no meu entendimento é que essa gestão centro-sul, precisa ter uma gestão maior do que o município de Juiz de Fora.”
No final da coletiva, Antônio Almas foi novamente questionado sobre a questão da quarentena e também sobre o decreto emitido pela Prefeitura na última semana:
“Gostaria de insistir que surja um fato novo, o decreto está em vigor. Todas aquelas atividades e serviços que são essenciais para garantir tranquilidade à população, desde a padaria ao supermercado, estarão abertos. Os que não têm tanta necessidade, agora não é hora de abrir lojas. Nós vamos continuar com o decreto”.