O sinal de alerta foi ligado na cidade de Melbourne na Austrália, palco da primeira etapa da temporada 2020, que marca o aniversário de 70 anos da Fórmula 1. Nessa quinta-feira (11), a tradicional equipe McLaren, divulgou um comunicado informando que um de seus componentes foi diagnosticado com Coronavírus. Diante do fato, o time inglês não irá participar do Grande Prêmio da Austrália.
A McLaren divulgou um comunicado oficial em seu site e nas suas redes sociais, falando sobre a retirada desta primeira prova da temporada:
“McLaren Racing confirmou nessa noite em Melbourne (manhã no Brasil), que se retirou do Grande Prêmio da Austrália 2020, devido ao teste positivo do Coronavírus, feito por um membro da equipe. Ele está isolado, logo após de apresentar sintomas e terá tratamentos das autoridades locais.
A equipe se preparou para essa eventualidade e possui suporte contínuo para o funcionário, que agora entrará em um período de quarentena. A equipe está cooperando com as autoridades locais relevantes para auxiliar suas investigações e análises.
Zak Brown, CEO da McLaren Racing e Andreas Seidl, diretor da equipe da McLaren F1, informaram a F1 e a FIA da decisão esta noite. A decisão foi tomada com base no dever de cuidar não apenas da McLaren F1, funcionários e parceiros, mas também dos concorrentes das equipes, fãs da F1 e partes interessadas mais amplas da F1. “
Além disso, há uma situação que preocupa a todos na principal categoria do automobilismo mundial, a equipe Haas, de origem dos Estados Unidos, informou que quatro funcionários estão com suspeita de Coronavírus e todos foram isolados para devidas providências.
Mesmo com o sinal vermelho ativado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), garante que a programação para o Grande Prêmio será mantida. Em coletiva de imprensa, sempre realizada antes do fim de semana, o alemão Sebastian Vettel da Ferrari, admitiu que os pilotos estão preocupados com a pandemia da doença e pede união de todos, para que a corrida seja cancelada:
“Espero que outros concordem, e esperamos que não chegue tão longe, mas se fosse chegar tão longe, com certeza você puxa o freio de mão. Penso que somos um grupo de 20 pessoas e acho que nos reunimos nos últimos anos por várias circunstâncias em vários tópicos, e compartilhamos opiniões comuns sobre grandes decisões”.
Outro piloto que demonstrou preocupação para a realização do Grande Prêmio foi o finlandês Kimi Raikkonen da Alfa Romeo. O “Homem de Gelo” afirma que não é boa ideia colocar a situação de todos em risco:
“Não sei se é a coisa certa que estamos aqui. Provavelmente não. Acho que se fosse uma decisão de todas as equipes, provavelmente não estaríamos aqui. Eu tento minimizar o risco para todos, não é apenas para nós, mas também para os fãs”.
Caso a programação seja mantida, a corrida será realizada na madrugada de sábado (15) para domingo (16), às 02h10 da manhã, no horário de Brasília. Serão 58 voltas pelo Circuito de Albert Park em Melbourne na Austrália.