Polícia Civil soluciona caso de desaparecimento de jovem em setembro de 2019

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), solucionou nessa quinta-feira (12), o caso do desaparecimento do jovem Juan Patrick de Paula Rosa, 23 anos, ocorrido no mês de setembro de 2019, no Bairro Granjas Bethânia (Região Nordeste) em Juiz de Fora. A vítima participava de uma festa no local e desde então esteve desaparecida. O principal suspeito de ter cometido o crime, é um homem de 31 anos e o mesmo estava em prisão preventiva. 

A responsável pelo caso, Delegada Ione Barbosa, conta que a princípio o assunto foi avaliado como desaparecimento. No entanto, recebeu relatos de uma testemunha que presenciou o ocorrido:

“Em janeiro deste ano, houve uma notícia de que uma testemunha ocular dos fatos, procurou a Polícia Civil, dando conta de que teria visto, não só o crime como também o local e o autor. Diante disso, nós tomamos o depoimento desta testemunha, cuja identidade não pode ser revelada. Ela revelou a autoria e nós demos conta da materialidade do ocorrido”.

A PCMG foi até o local do crime, acompanhado do Corpo de Bombeiros, no entanto o corpo da vítima não foi encontrado, mas as equipes acharam um osso enterrado, cuja aparência poderia ser de um ser humano. A evidência recolhida foi encaminhada para o Instituto de Criminalística em Belo Horizonte, no entanto a análise não foi concluída, pois não há material em quantidade e qualidade suficiente para distinguir o artefato.

Quando ao autor e o motivo do crime, a Delegada conta que as investigações apontam para o infrator que está em prisão preventiva. Segundo as apurações, a vítima realizava trabalhos para o suspeito, que é considerado um traficante do Granjas Bethânia:

“Diante disso, chamamos várias pessoas que confirmaram essa tese e também confirmaram de que a vítima teria furtado uma certa quantidade de drogas desta pessoa que está presa, que não aprovou tal atitude.”

O crime ocorreu após os dois indivíduos saírem de uma festa, cuja duração era de três dias, e no último dia a vítima foi convidada para usar drogas junto com o infrator, em um local mais afastado. Ione relata que o crime ocorreu nessa região e que todo a descrição do fato foi feita por uma testemunha ocular:

“O autor teria chegado por trás e dado uma machadinha na vítima. Ela teria caído, logo após foi jogada para dentro do buraco e depois foi enterrada”.

Após o infrator ser preso, a PCMG recebeu notícias de outras pessoas que estariam envolvidas no crime. Segundo relatos, o autor chegou ao local junto com outros envolvidos, em um veículo que carregava materiais de construção e que tais ferramentas teriam sido utilizadas para enterrar a vítima.

No local onde ocorreu o crime, as testemunhas viram os assassinos enterrarem o corpo do jovem, no entanto, os envolvidos mudaram a localização. A PCMG recebeu informações das testemunhas mas ao chegarem no local, o corpo não estava mais lá:

“Logo depois que a vítima desapareceu, a família contratou uma retroescavadeira e a mesma esteve no local indicado para procurar o corpo, no entanto ele não estava lá. Diante disso imagino que o autor tenha se alertado de alguma forma e tenha retirado o corpo da vítima após essa situação e com receio de encontrar no local ali perto. No dia em que fizemos as buscas, havia um determinado ponto onde a terra estava fofa, apontando que pode ter sido mexida recentemente. As buscas pelo corpo continuam. ”, segundo a Delegada.

Devido à quantidade suficiente de materiais, o suspeito será indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, pois o mesmo dificultou a defesa da vítima. A pena do suspeito pode chegar até 30 anos. O inquérito foi concluído, mesmo sem a análise da evidência entregue para o Instituto de Criminalística em Belo Horizonte.




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