Polícia Civil prende homem de 29 anos por fazer entrega de drogas

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), deflagrou nessa quarta-feira (22) a operação “Delivery”, que resultou na prisão de um homem de 29 anos em Juiz de Fora. A operação teve início há aproximadamente um mês e meio atrás, durante uma das abordagens contra o uso e consumo de drogas. As investigações da Polícia Civil apontaram para um apelido, cujo nome não foi informado, que trabalha como motoboy e estaria fornecendo drogas para Juiz de Fora inteira. 

Responsável pela operação, Delegado Rafael Gomes, diz que a princípio só tinha o apelido e que as investigações levaram o caso mais a fundo “Passamos a realizar o trabalho de investigação policial. Realizamos pesquisas nos sistemas de informação policial. Fomos a campo para procurar saber e identificar quem era este indivíduo que até então nós tínhamos apenas o apelido e logramos êxito, identificar e qualificar o indivíduo” relata.

Durante o processo da operação, o Delegado conta que a PCMG passou a acompanhar toda a rotina do indivíduo “Ele era motoboy, prestava serviços de encomenda, só que ele utilizava da profissão para exercer o tráfico de drogas em Juiz de Fora”. Rafael fala sobre como foi feito o acompanhamento ao motoboy e também sobre como era feito o trabalho dele “Para entendermos o modus operandi, a gente acompanhava diariamente a rotina dele. Este suspeito possuia uma casa no bairro Ipiranga e a mãe dele tinha uma residência no Poço Rico. Ele fazia a entrega de dia e até mesmo no período noturno. Não deixava nenhuma droga em sua residência no Ipiranga” complementa.

Rafael comenta também sobre o esquema desenvolvido pelo motoboy e conta que as drogas eram armazenadas na residência da mãe no Poço Rico “Ele deixava todo o material no quarto que possuia na casa da mãe. Neste cômodo, ele picava, pesava e embalava a maconha em porções de 25 e de 50 gramas, além do crack, da cocaína e dentre outras diversas drogas. Feito isso, ele descia com o material para a garagem da residência, onde tinha um baú velho para guardar as drogas e ali funcionava um verdadeiro delivery para a cidade inteira, solicitando e fazendo encomenda de drogas. Durante o acompanhamento policial, percebemos que ele entrava e saia muito rápido da garagem, levando as drogas para fazer entrega. 

Após 1 mês e meio de investigações, Rafael fala que nessa quarta-feira (22), a polícia resolveu deflagrar a operação Delivery, realizando uma campana na porta da residência do suspeito “Quando ele chegou de moto, ele entrou dentro da garagem, fechou o portão e no momento em que ele estava saindo com a bolsa cheia das drogas, nós realizamos a abordagem e ali já encontramos diversas porções de maconha já embaladas de acordo com o pedido de cada cliente, para poder fazer a entrega”. 

Logo em seguida, a equipe foi investigar o apartamento para encontrar outros artefatos “Encontramos munições de diversos calibres, o material que ele usava para embalar, faca para poder picar, coldres e provavelmente ele tinha uma arma de fogo e já realizou a venda, dentre outros diversos materiais. Aprendemos um automóvel e também a motocicleta que ele usava para entregar as drogas. Encontramos também adesivos que ele utilizava para identificar as drogas dele” relata.     

O Delegado conta também que o suspeito iria receber um novo estoque de drogas sintéticas ainda nesta semana “Tomamos conhecimento de que provavelmente no sábado, chegaria drogas sintéticas e teria um reabastecimento devido ao grande volume e os materiais não estavam parando na mão dele. É uma quantidade gigantesca de venda que ele realizava, então o giro era muito alto e por isso optamos em deflagrar a operação na data de quarta-feira (22). 

À respeito da casa da mãe que era utilizada para guardar as drogas, Rafael diz que as investigações apontam que “a família não tinha conhecimento. Poderia até mesmo ter uma desconfiança, mas não tinha conhecimento. O quarto dele permanecia trancado o dia inteiro, portanto os familiares não tinham acesso ao local onde ele guardava as drogas”.   

Rafael conta também que o motoboy era o “dono do próprio negócio. Mas pelas nossas investigações ele estava realmente comprando em grandes quantidades, trabalhava sozinho, ele tinha contato com traficantes de fora e de dentro da cidade, inclusive ele vendia também para outros traficantes em Juiz de Fora. Obviamente as investigações prosseguem, nós vamos pedir uma autorização judicial para ter acesso ao aparelho celular dele e que sem dúvida nenhuma é uma fonte gigantesca de informação.“

O Delegado conclui que “Ele era dono do próprio negócio e utilizava de uma profissão nobre e importante, que é a de motoboy, mas manchou a imagem da classe, só que não se tratava de ser motoboy e sim um traficante”.




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