Vereadores debatem critérios para aplicação de R$60 milhões nas obras da Empav

Para saber os critérios de escolha das ruas para aplicação dos recursos das obras de recapeamento do asfalto em Juiz de Fora os vereadores se reuniram em um encontro convocado pela Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito, Meio Ambiente e Acessibilidade. O empréstimo contratado com a Caixa Econômica Federal, pelo Programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), vai destinar R$ 60 milhões para as obras a serem executadas pela Empresa Municipal de Pavimentação de Ruas e Vias Públicas (Empav), sendo do montante R$ 50 milhões para recapeamento e reconstrução do asfalto e R$ 10 milhões para obras de drenagem.

Estiveram presentes os secretários de Governo, Carlos Alberto Ramos de Faria; de Planejamento, Lúcio Sá Fortes; e o secretário de Fazenda e Diretor-presidente da Empav, Fúlvio Albertoni; além de técnicos da empresa pública e engenheiros da Secretaria de Obras. Compareceram também a vereadora Ana do Pde. Frederico (MDB) e os vereadores André Mariano (PSC), Cido Reis (PSB), Dr. José Fiorilo (PTC), Júlio Obama Jr. (Podemos), Juraci Scheffer (PT), Kennedy Ribeiro (MDB), Marlon Siqueira (MDB), Rodrigo Mattos (sem partido), Sargento Mello Casal (PTB), Vagner de Oliveira (PSC), Wagner do Sindicato (PTB), Wanderson Castelar (PT) e Zé Márcio Garotinho (PV).

O presidente da Comissão de Urbanismo, vereador Zé Márcio Garotinho, defendeu que o valor deve ser bem direcionado para atender as áreas mais críticas. “O cidadão nos cobra, primeiro pela operação tapa-buraco e asfaltamento de algumas ruas, e havia dúvida sobre a escolha das ruas que seriam asfaltadas. A reunião de hoje foi para nivelar essas informações, sobre como é feita a escolha dessas ruas e como os vereadores vão poder levar a demanda da população até a Empav para que isso seja feito da forma mais justa possível […] sabemos que R$ 50 milhões não vão asfaltar a cidade inteira, mas a gente tem no mínimo que atender aquelas regiões que estão mais críticas”, defendeu o vereador.

Atualmente a Empav conta com quatro equipes de tapa-buraco a um custo de R$ 750 mil por mês para a PJF, porém, de acordo com Fúlvio Albertoni, o ideal seriam oito equipes trabalhando para que os reparos atendessem toda a cidade, o que dobraria esse valor mensal. Paralelamente, os recursos do Finisa não podem ser usados para as operações de tapa-buraco, somente para o recapeamento de ruas específicas, e já estão liberados R$ 7,5 milhões para utilização em cerca de 23 ruas e avenidas em diversos bairros até o final de fevereiro, estando algumas delas já em andamento, como a rua Violeta dos Santos, no Democrata; a rua Tereza Cristina, no Mariano Procópio e a rua Eugênio Fontainha, no Progresso. A partir de fevereiro serão liberados cerca de R$ 2,5 milhões por mês.

De acordo com Fúlvio, para atender às regras do Finisa, é preciso que a rua tenha drenagem pluvial, uma boa base – que é a camada estrutural que vai dar suporte ao asfalto -, além de priorizar também as ruas com maior circulação de transporte coletivo urbano. A engenheira civil da Secretaria de Obras, Bruna Rocha, explicou: “Ter drenagem não é ter bueiro na rua, e sim ter drenagem suficiente para captar toda a água de chuva que passa por aquela rua” elucidando que algumas ruas são cortadas por córregos, que durante o período chuvoso transbordam, danificando o asfalto por baixo. Nesse sentido são necessárias outras obras antes de alocar o recurso específico para pavimentação.

O empréstimo para a Empav foi aprovado pelos vereadores em 2019 no valor de R$ 90 milhões, sendo R$ 30 milhões destinados para a reestruturação da empresa pública e outros R$ 60 milhões para as obras no asfalto em Juiz de Fora. Até o final do ano de 2020 serão executados R$ 30 milhões em obras de recapeamento asfáltico. O vereador Júlio Obama Jr., membro da Comissão Especial que vai fiscalizar o emprego dos recursos do Finisa, defende que a opinião dos vereadores, que recebem as demandas dos cidadãos e associações de moradores, deve ser considerada. “A nossa grande preocupação é a aplicação, já que autorizamos a Prefeitura a contrair esse empréstimo, o que queremos é um cronograma, o dinheiro chegando e o asfalto sendo colocado nos lugares mais necessários”, finalizou.

 

Fonte: Assessoria




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