Por dentro da análise de desempenho da Seleção Brasileira

Uma hora depois do término de Brasil 4 x 1 Canadá, as seleções de Nova Zelândia e Angola entraram em campo no Bezerrão, em Brasília. Enquanto jogadores e parte da comissão técnica da Seleção se encaminharam para o hotel, os analistas de desempenho ficaram no estádio. Ao lado do técnico Guilherme Dalla Déa, observaram os adversários na fase de grupos do Mundial Sub-17.

Não foi à toa que a Seleção terminou a primeira fase com 100% de aproveitamento. Este foi só mais um capítulo de um trabalho árduo, que vem desde o dia quatro de outubro. A estrutura montada para análise de desempenho nesta Copa do Mundo é algo praticamente inédito na base do futebol brasileiro. Ao todo, são seis profissionais voltados para esta função. Divididos pelas sedes da competição, têm como missão reunir informações sobre os adversários e sobre a própria Seleção Brasileira.

O staff a serviço do técnico Guilherme Dalla Déa se divide da seguinte forma: são três observadores espalhados nas outras sedes do Mundial, para reunir informações sobre todos os possíveis adversários na competição (Edgar Pereira, William Santos e Djair). Eles passam aos analistas tudo que viram dos outros times do Mundial; junto com a comissão técnica da Seleção, estão André Batista, Anderson Borges e Sandro Gomes. Eles são responsáveis por trabalhar as informações reunidas diretamente com Dalla Déa e seus dois auxiliares, Dudu Patetuci e Phelipe Leal.

O trabalho de coleta desses dados começa nos treinos. Na câmera, Sandro Gomes comanda as filmagens, enquanto Anderson e André separam trechos importantes em tempo real. A ideia é otimizar o trabalho, que se intensifica de verdade quando o treino acaba. Ao chegar no hotel, as partes já identificadas das filmagens são analisadas. A ideia é encontrar falhas individuais e coletivas do time, como explicou Sandro.

– A gente chega no hotel e já consegue organizar tudo que direcionamos no treino. Depois debate e cria as estratégias tanto sobre a nossa equipe quanto dos adversários. Podemos fazer correções com diferentes estímulos. Através de gestos, fala. Nossos vídeos oferecem um estímulo visual a eles. Então, a gente tem essa rotina de corrigir individualmente e coletivamente, além de reforçar o que é feito de positivo. É fundamental para a evolução deles – descreveu.

 

Fonte: CBF




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