“Outubro Rosa” – Mês dedicado à prevenção do câncer de mama vale também para pets

Outubro é dedicado a ações para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e formas de prevenção. E essa doença também pode atingir os pets. Por isso, é necessário que os donos prestem atenção nos sinais que indicam que os bichinhos podem estar com a enfermidade. O Canil Municipal, ligado ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), orienta sobre as precauções.

A doença atinge cadelas e gatas de qualquer raça, e é importante se manter atento aos indícios. O veterinário Expedito Quintino, do Canil Municipal, informa que é importante se manter atento nos grupos e fatores de risco: “No grupo de risco, estão as cadelas e gatas com mais de 10 anos de idade não castradas ou com castração tardia e a utilização de métodos contraceptivos, mesmo que tenha sido somente uma vez. Mas isso não é uma regra. A doença pode dar seus primeiros sinais um pouco mais cedo, em algumas fêmeas: a partir dos 5 anos de idade, por exemplo “.

O veterinário orienta que a forma mais simples de fazer o diagnóstico precoce é o exame de toque, para analisar se há algum nódulo ou indício de tumor. O procedimento pode ser feito pelo dono do animal: “Caso seja encontrado um nódulo, independente do tamanho, é necessário que o pet seja levado ao veterinário para realizar os exames que podem identificar ou descartar a doença. O animal é submetido a vários exames, como ultrassom, Raio-X e exame de sangue. O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura, que chega a 90%”.

Expedido destaca: “Quando o tumor cresce muito rápido, as chances de metástase aumentam e pode ser mais difícil reverter o caso. Quanto mais rápida a descoberta, menos dolorosa será a recuperação. Dependendo do caso, o animal pode ser submetido a tratamentos com remédios e quimioterapia, procedimentos que podem ter efeitos colaterais semelhantes aos que dão nos humanos, porém bem menos agressivos: perda de pelos, enjoo, diarreia e vômito”.

A estudante Roberta Rocha, de 24 anos, dona de Felício, conta como foi difícil quando descobriu que seu cachorro estava com câncer: “É uma doença muito silenciosa. O primeiro sintoma foi um caroço no rosto dele e a gente o levou ao veterinário. Foi submetido a um Raio-X, e descobrimos que o caroço era originário de um câncer. Foi operado, mas não recuperou bem. O veterinário então, passou uma ultrassonografia, que constatou o comprometimento dos outros órgãos dele, uma metástase. O diagnóstico foi tardio. Pensei em fazer a eutanásia, porque ele já estava sofrendo, mas não tive coragem. Ele parou de comer e beber água no sábado. Segunda ele morreu”, declara.

O exemplo de Felício não é especificamente sobre o câncer de mama, mas vale para deixar o alerta e frisar o quanto são importantes visitas periódicas ao veterinário para realizar exames de rotina.

Por falta de informação, o câncer mama em animais ainda é um dos motivos pelos quais mais morrem cadelas e gatas por ano. Vale lembrar que os machos, não estão livres desta condição. É muito raro, mas também pode acontecer.

Fonte: PJF




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